Moradores de Ponta Negra, em Maricá, relatam problemas enfrentados com saneamento básico na região. De acordo com eles, a quantidade de esgoto que é despejado no canal e na lagoa é grande e, além de poluir a água, deixa um cheiro muito forte em época de pouca chuva.
O presidente da Associação de Pescadores de Ponta Negra, Valdir Pacheco, informou que é possível ver o despejo irregular em diversas vias do bairro, mas que o problema fica mais evidente na Rua Benjamin Luiz da Silva e na Estrada de Ponta Negra.
“Tem época que não conseguimos ficar nem perto desses locais onde acontece o despejo, porque o cheiro fica insuportável. É importante mostrar para a Prefeitura que esse é um bairro de Maricá que também precisa ser cuidado, nos sentimos abandonados aqui”, lamentou Pacheco.
O morador Arilton Lima também demonstra tristeza com o estado de abandono e afirmou que às vezes se arrepende de ter se mudado para o bairro.
“A Rua Pouso Alegre, onde fica a minha casa, está precisando urgentemente de cuidados. Nós ligamos, tentamos resolver, mas nada é feito. Nós estamos pedindo ajuda de todos os lados”, contou.
A Prefeitura de Maricá formalizou em assembleia, no último dia 23, a Companhia de Saneamento de Maricá (SANEMAR), que tem como objetivo solucionar problemas ligados ao tratamento de esgoto e à captação e distribuição de água potável para a população.
“Neste primeiro semestre, estamos fazendo o projeto das obras estruturantes. Já no segundo, vamos licitar as obras para que elas possam logo ser iniciadas. Vamos instalar Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) compactas em localidades cuja situação de lançamento de esgoto ainda é muito crítica, como em Guaratiba, Ponta Negra e Inoã”, destacou o presidente da SANEMAR, Irinaldo Cabral da Silva.
Atualmente, cerca de 20% da população de Maricá conta com abastecimento de água e somente 3% está conectada a uma rede de esgoto.
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