Cidades

Vandalismo em praças de Maricá revolta usuários

A Prefeitura de Maricá realizou, em outubro, a reforma dos espaços na Praça do Barroco (Itaipuaçu) e na Praça Orlando de Barros Pimentel (Centro), e instalou um playground e uma academia ao ar livre na Praça Tiradentes (Araçatiba). O benefício, no entanto, não durou nem um mês. Há algumas noites brinquedos e aparelhos foram destruídos por uso indevido ou puro vandalismo.

Moradora do Caju há 25 anos, Maria do Carmo Brugger, 60, acompanhava a neta Linda, de 5 anos, na praça do Centro. Ela explicou que vê muitos adolescentes nos brinquedos sempre que passa. “Eles saem da escola e em vez de irem para casa ficam aqui fumando, bebendo, deixam garrafas de refrigerante pelo chão. E são maiores que os balanços”, queixou-se. “Acho que tinha que cercar tudo com grade bem alta e colocar um vigia, porque só assim para eles não destruírem mais nada”, lamentou.

Na Praça Tiradentes, enquanto se exercitava, Luciene dos Santos, 39, contou que a situação se repete perto de sua casa, na Arena Flamengo. “Eu moro pertinho da quadra, mas as crianças de colégio que tem atividade lá, enquanto esperam o horário de suas atividades ficam destruindo os aparelhos dali da frente. Já reformaram várias vezes. Quando eu vejo algum destruindo, eu falo mesmo. Os pais tinham que falar para os filhos não fazerem, mas eles não falam e quando a gente vai falar, não gostam”, destacou.

Quando um brinquedo é quebrado, sua substituição acaba não sendo feita imediatamente, pois a Secretaria de Conservação, responsável pelo serviço, tem um cronograma a seguir com diversas intervenções agendadas por toda a cidade.

“Uma das nossas preocupações é atender as praças que normalmente são frequentadas pelos moradores, mas é necessário cuidar do patrimônio que não é da Prefeitura apenas, mas de todos os cidadãos. Quando paramos para atender determinado local por algum ato de vandalismo deixamos de atender outras localidades. O dinheiro que é investido nos reparos de brinquedos poderia estar sendo usado na construção de outros parquinhos e academias em bairros onde há necessidade também. Sem falar que quando um aparelho é destruído, até que ele seja consertado para ser recolocado, quem perde é a própria população, que acaba privada de determinada atividade”, explicou o secretário Adelso Pereira.

O Secretário de Segurança, Ordem Pública e Trânsito, Celso Netto explicou que a solução para acabar com a desordem será colocar um grupamento com a função de fiscalização dos parques públicos. “Esse é um problema de ordem pública, mas que com o tempo acaba virando um problema de segurança porque há depredação e se acontece de alguém ver e não aceitar, daqui a pouco um está dando um soco no outro, puxando arma, vai acabar virando um problema de segurança pública. O jeito vai ser colocar homens num plantão de 12h por 36h até o pessoal se acostumar. Vamos incluir essa ronda na ordem de serviço do Proeis”, garantiu.

< Interculturalidades no Centro de Artes da UFF Um morto e três presos no Jardim Catarina <