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Facebook lança plataforma de vídeos Watch no mundo todo

A plataforma de vídeos do Facebook, o Facebook Watch, estará disponível globalmente a partir desta quarta-feira, 29, incluindo o Brasil - a liberação será feita gradativamente. O serviço já estava operando há um ano, mas somente nos Estados Unidos. O Watch é um lugar dentro da rede social em que criadores de conteúdo podem postar seus vídeos e é considerado pelo mercado como um possível rival do YouTube, do Google. Dentro da plataforma, também será possível assistir a programas de TV e shows, além de partidas de futebol - nas últimas semanas, o Facebook fechou diversos contratos para exibir partidas de futebol internacional na rede.

Para o Facebook, o principal diferencial de seu serviço, em relação a outras plataformas de vídeos que já existem, é o fato do Watch já estar dentro de uma rede social. "O Watch não é só um lugar para consumir vídeos passivamente, é um jeito de as pessoas interagirem e se conectarem em torno dos conteúdos", afirmou Fidji Simo, vice-presidente de vídeo do Facebook, em entrevista ao Estado. "É também um lugar para interagir com os próprios criadores de conteúdo".

Segundo dados do Facebook, todo mês, mais de 50 milhões de pessoas nos Estados Unidos assistem a vídeos de pelo menos um minuto no Facebook Watch. Além disso, o total de tempo assistido no Watch cresceu em 14 vezes no país, desde o começo de 2018.

Os esforços do Facebook nos últimos meses, tendo como experiência o uso do Watch nos Estados Unidos, foram justamente atualizações para tornar a plataforma mais social, como, por exemplo, deixar mais fácil para o usuário ver quais vídeos seus amigos curtiram ou compartilharam.

Quando questionada sobre parcerias com produtores de conteúdo locais, a vice-presidente de vídeo do Facebook afirmou que a empresa está trabalhando em conjunto com vários publishers e também com criadores de conteúdo individuais, em todos os países, para eles desenvolverem suas estratégias dentro do Facebook.


O Watch também oferecerá uma forma de publishers e criadores de conteúdos monetizarem seus produtos. Os intervalos comerciais, chamados pela rede de Ad Breaks, estarão disponíveis a partir desta quarta-feira, 29, em cinco países: Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Nova Zelândia e Austrália. Até então, os Ad Breaks estavam apenas em fase de testes nos Estados Unidos. O recurso será expandido para outros países nos próximos meses, mas ainda não há data de lançamento no Brasil.

De acordo com o Facebook, a receita dos anúncios será dividida em 55% para o criador do conteúdo e 45% para o Facebook - proporção que já existia na fase de testes nos Estados Unidos. Para participar do Ad Breaks, os publishers precisam ter vídeos de cerca de três minutos que tenham gerado mais de 30 mil visualizações de um minuto nos últimos dois meses, e precisam também ter 10 mil seguidores na rede social.

Essa não é a única iniciativa do Facebook para competir no mercado audiovisual - a empresa também tem o IGTV, a TV do Instagram, lançado em junho deste ano. Quanto à integração entre as duas plataformas, o Facebook enxerga que os serviços são diferentes, e pretende facilitar para o criador de conteúdo postar nas duas redes sociais ao mesmo tempo. "Nós percebemos que os criadores de conteúdo querem atingir o maior público possível", diz Fidji Simo. Durante o lançamento do IGTV, vale lembrar, o cofundador brasileiro do Instagram, Mike Krieger, ressaltou que os serviços estarão integrados.


Fonte: Terra

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