Literatura

Jovem de SG faz campanha para conseguir lançar livro de poesia

Lucas Luciano, de 20 anos, tenta arrecadar R$ 1,3 mil

Segundo Luciano, a obra vai além da narrativa autobiográfica
Segundo Luciano, a obra vai além da narrativa autobiográfica |  Foto: Divulgação / Karina Cruz

O escritor Lucas Luciano, de 20 anos, nascido e criado na comunidade do Morro do Castro, em São Gonçalo, lançou nesta quarta-feira (6) uma campanha de financiamento coletivo para viabilizar a publicação de seu primeiro livro de poesia, “Aos que Sentem Demais”.

O objetivo é arrecadar R$ 1,3 mil. Quem quiser apoiar pode clicar neste link. A obra é uma jornada íntima vivida durante a quarentena da pandemia de Covid-19, e será publicada pela editora independente Toma Aí Um Poema.

Segundo Luciano, a obra vai além da narrativa autobiográfica, capturando complexas interseções entre vivência, memória e expressão literária.

Inspirado pelo conceito de "escrevivência" da escritora Conceição Evaristo, o autor empreende uma viagem através de cartas dirigidas a um antigo amigo durante o isolamento social.

Este livro não apenas alivia o peso que carrego como autor, mas também aspira a suavizar as dores do leitor, conectando-nos através da essência compartilhada de nossas experiências humanas. Cada carta é mais do que palavras no papel; é um convite para um diálogo sincero, uma exploração da poesia que surge do sofrimento , expressa Lucas Luciano

Inspirado por Emicida, Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo

Lucas conta que teve sua paixão pela escrita despertada por uma professora de português na rede pública, incentivando-o a iniciar na poesia.

Com uma bolsa integral, ele seguiu o caminho do jornalismo em uma universidade particular, na Zona Sul do Rio, inspirado por grandes nomes como Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo e Emicida.

Para o jovem, a escrita vai além da mera expressão — é, antes disso, "uma forma de sangrar e testemunhar as suas experiências", especialmente os desafios de crescer entre a pobreza e a realidade da favela.

“Na minha perspectiva, a escrita é o ato de encontrar afago naquilo que testemunho. A cada palavra, busco transformar meus medos, dúvidas, sofrimentos e desafios em uma narrativa poética, dando voz à complexidade das minhas vivências como um jovem favelado no Rio de Janeiro”.

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