Esportes

Com gol incrível perdido, Botafogo cai para o Náutico nos Aflitos

Imagem ilustrativa da imagem Com gol incrível perdido, Botafogo cai para o Náutico nos Aflitos
|  Foto: Foto: Reprodução
Pedro Castro perdeu chance incrível no Estádio dos Aflitos. Foto: Reprodução

Em jogo muito movimentado e recheado de polêmicas, o líder Náutico alcançou sua quinta vitória seguida na Série B do Campeonato Brasileiro ao derrotar o Botafogo por 3 a 1, neste domingo (20), no Estádio dos Aflitos, em Recife. A partida teve dois pênaltis, um gol incrível perdido e muita confusão. Com o resultado, o Alvinegro cai para o quarto lugar.

Antes mesmo de qualquer esboço de futebol, a confusão tomou conta da partida - como habitual em confrontos entre Náutico e Botafogo no Estádio dos Aflitos, a exemplo do episódio do zagueiro André Luis saindo carregado por policiais em 2008. Warley acertou o braço no rosto de Jean Carlos e levou o amarelo. Um princípio de tumulto resultou em amarelo para Vinicius, do Timbu, e na expulsão do técnico Hélio dos Anjos.

Com a bola rolando, o Alvinegro ameaçou pela primeira vez aos 14 minutos. Chay recebeu em profundidade pela esquerda e rolou para a entrada da área, encontrando Marco Antônio livre. O meia bateu de primeira com a canhota para defesa tranquila do goleiro Alex Alves. Na sequência, foi o Náutico que assustou em chute cruzado do ponta Éric, que cortou para dentro e bateu prensado com a zaga, ganhando escanteio.

Na cobrança, Jean Carlos botou na área e o meia Vinícius desviou no primeiro pau, dando uma casquinha. A bola ainda resvalou no volante Pedro Castro antes de entrar na bochecha da rede. Festa da equipe nordestina, que se reuniu na lateral de campo para a comemoração conjunta já tradicional.

A partida continuou muito movimentada. Pouco depois da saída de bola, aos 18, Rafael Navarro foi derrubado na entrada da área. Na cobrança, Chay cobrou colocado, no ângulo, mas Alex Alves voou para evitar o gol e mandar para escanteio. Ambas as equipes mostravam bom repertório, justificando as boas colocações na tabela de classificação.

Aos 20, mais uma subida perigosa do Alvinegro. Em contra-ataque, Pedro Castro foi lançado em profundidade na linha de fundo e cruzou da esquerda nas costas da zaga. A bola encontrou o centroavante Rafael Navarro na marca do pênalti; ele se atirou na bola em carrinho, mas acabou finalizando em cima do goleiro Alex Alves, no meio do gol.

Passada a pressão do Botafogo, o Náutico igualou as ações e passou a ter mais posse de bola, pisando mais no campo de ataque e buscando ampliar o placar. A bola aérea, ponto forte da equipe, era sempre perigosa. O Alvinegro, já não muito organizado taticamente, cedia espaços e não conseguia encaixar os contra-ataques para tentar o gol de empate, ficando pouco com a bola. Os primeiros 45 minutos tiveram muitas faltas, reclamações e ânimos à flor da pele.

O Náutico encerrou o primeiro tempo com cerca de 70% de posse de bola, além da vitória parcial. A equipe de Marcelo Chamusca precisaria de uma mudança drástica no intervalo para ter alguma chance de levar pontos para o Rio de Janeiro, já que não mostrava a segurança defensiva das últimas partidas e também não conseguia repetir a organização no ataque.

Segundo tempo

O jogo continuou pegado na segunda etapa, com muitas faltas e cartões. Precisando correr atrás do resultado, o Botafogo apertou nas bolas paradas e forçou cruzamentos para a área. Em um deles, aos 11 minutos, em bate-rebate dentro da área, a bola sobrou para Pedro Castro, com Alex Alves caído. O volante alvinegro demorou demais para empurrar para o gol, perdeu tempo, tentou driblar um zagueiro e acabou perdendo um gol feito.

Aos 14, foi a vez do Náutico responder. Vinicius recebeu na ponta esquerda e cruzou em arco, encontrando o atacante Kieza na área. Ele subiu mais que a zaga e cabeceou forte, tirando tinta do travessão da meta de Douglas Borges. O Timbu levou vantagem em praticamente todas as bolas disputadas pelo alto, tanto no campo de ataque quanto no de defesa.

O ritmo da partida não diminuía; ao passo que o desespero do Botafogo pelo empate aumentava, a intensidade dos contra-ataques do Náutico também crescia. Aos 21, Paulo Victor foi driblado por Érick dentro da área e acabou derrubando o adversário. Pênalti para os mandantes. Na cobrança, desperdiçando a 'lei do ex', o centroavante Kieza bateu no canto esquerdo, mas Douglas Borges saltou bem para defender e evitar o segundo gol.

O Alvinegro seguia insitindo nos cruzamentos. Em uma das diversas bolas alçadas à área, Luiz Oyama ajeitou para o meio da área e Gilvan finalizou com perigo, parando no goleiro Alex Alves. Na última investida, a 20 minutos do fim do jogo, Marcelo Chamusca tirou Pedro Castro e Marco Antônio para colocar Felipe Ferreira e Rafael Moura, visando povoar a área e insistir ainda mais no jogo aéreo.

A mudança surtiu efeito imediato. Aperando a saída de bola, o Botafogo forçou o erro do goleiro Alex Alves na entrada da área e a bola sobrou para Rafael Moura. Ele levantou a cabeça e rolou para Diego Gonçalves - que apenas rolou, dentro da área, para Felipe Ferreira chegar batendo. Ele colocou rasteiro, no cantinho, sem chances para Alex reparar seu erro. Empate do Alvinegro aos 30 minutos.

O jogo ficou morno na reta final, com muita disputa no meio-campo e poucas chegadas ofensivas dos dois clubes. No entanto, já em um dos últimos lances, mais um pênalti a favor do Náutico - e, desta vez, com muita polêmica. A bola ia saindo pela linha de fundo e o lateral PV deslizou no chão, atingindo o jogador adversário. O árbitro assinalou a falta, causando a ira de toda a comissão técnica do Botafogo.

Na cobrança, Jean Carlos encheu o pé e acertou a gaveta e recolocou o Timbu à frente do placar. Na saída de bola, o Botafogo tentou se lançar ao ataque na base do abafa e acabou levando o terceiro em contra-ataque: o goleiro Alex Alves deu um chutão do campo de defesa e encontrou Paiva na área, que só virou o corpo e fuzilou a rede, confirmando a quinta vitória seguida do Náutico na Série B e carimbando a liderança isolada com 15 pontos.

Já o Botafogo, com 8, perdeu uma posição e ficou na quarta colocação. Guarani, Goiás e Sampaio Correia, também com 8, vêm logo atrás do Alvinegro.

< Mulher é morta a facadas dentro de casa em Itaboraí Domingo de tiros e medo no Morro do Estado, em Niterói <