Glória Eterna

Vencer, vencer, vencer! Mengão é tricampeão da Libertadores

Flamengo superou o Athletico-PR em Guayaquil

Os cariocas cosquistaram o tricampeonato - os dois primeiros foram em 1981 e 2019
Os cariocas cosquistaram o tricampeonato - os dois primeiros foram em 1981 e 2019 |  Foto: Gilvan de Souza/ Flamengo
 

O Flamengo é tricampeão da Libertadores. Enfrentando o Athletico-PR, neste sábado (29), no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guaiaquil, no Equador, o time comandado por Dorival Jr confirmou seu favoritismo, vencendo por 1 a 0, graças ao gol de Gabigol, que voltou a ser o herói rubro-negro após decidir também a decisão de 2019, quando marcou os dois gols do triunfo sobre o River Plate, em Lima, no Peru.

Com o resultado, o Flamengo conquistou o terceiro título de Libertadores de sua história, se igualando a São Paulo, Santos, Grêmio e Palmeiras como os clubes brasileiros que mais vezes venceram o torneio continental.

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Essa é a 11ª conquista de uma das gerações mais vitoriosas do Flamengo, com Gabigol, Arrascaeta, Filipe Luiís, Diego, entre outros.

Além do bicampeonato da Libertadores (2019 e 2022), o Rubro-Negro venceu desde 2019 três Campeonatos Cariocas (2019, 2020 e 2021), duas Supercopas do Brasil (2020 e 2021), uma Copa do Brasil (2022), dois Campeonatos Brasileiros (2019 e 2020) e uma Recopa Sul-Americana (2020).

O Athletico-PR, por sua vez, tinha a expectativa de, enfim, se sagrar campeão da Libertadores para coroar um projeto esportivo de sucesso. Voltando à decisão do torneio após 17 anos, o Furacão acabou derrotado novamente, sofrendo com a expulsão do zagueiro Pedro Henrique ainda no primeiro tempo.

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O jogo

O Athletico-PR começou melhor na partida e foi quem levou perigo ao gol adversário primeiro. Aos 11 minutos, David Luiz vacilou ao dominar a bola dentro da área, Vitinho fez o desarme e bateu firme, mas Santos estava bem posicionado para fazer a defesa. Logo na sequência, após cobrança de lateral, Alex Santana ficou com a sobra e finalizou de voleio, mas mandou por cima do gol, desperdiçando ótima oportunidade.

As coisas ficaram ainda mais complicadas para o Flamengo aos 19 minutos, quando Filipe Luís pediu para ser substituído após sentir a região posterior da coxa esquerda. O jovem Ayrton Lucas foi o escolhido do técnico Dorival Jr para ocupar a lateral esquerda.

O Athletico-PR continuou indo para cima do Flamengo, ainda mais motivado após a saída de um dos principais jogadores do elenco rubro-negro, e assustou o goleiro Santos em chute de Vitinho de fora da área, que passou próximo à trave.

Já na reta final do primeiro tempo, o Furacão sofreu um duro golpe. Aos 43 minutos, Pedro Henrique cometeu falta em Ayrton Lucas e recebeu seu segundo cartão amarelo, sendo expulso pelo árbitro Patricio Loustau.

Como se não bastasse, antes do intervalo o Flamengo, em vantagem numérica, abriu o placar. Rodinei tabelou com Everton Ribeiro, que cruzou na medida para Gabigol precisar apenas completar de primeira e balançar as redes.

Segundo tempo

O Flamengo voltou para o segundo tempo com uma postura diferente. Com a vantagem no placar e com um homem a mais dentro de campo, o time comandado por Dorival Jr administrou a partida com sabedoria, neutralizando o Athletico-PR, que até tentou agredir o rival mesmo com dez jogadores no gramado, mas sem sucesso.

Explorando os espaços deixados pelo Furacão, o Flamengo não demorou muito para assustar. Aos cinco minutos, Gabigol saiu cara a cara com Bento, mas chutou em cima do goleiro adversário. Mais tarde, Pedro recebeu na entrada da área, fez o giro e bateu forte, mas a bola desviou em Matheus Felipe e saiu pela linha de fundo.

Felipão foi para o tudo ou nada, promovendo substituições para deixar o Athletico-PR ainda mais ofensivo, mesmo tendo dificuldades para frear o Flamengo. Só que pela qualidade do elenco rubro-negro, o domínio da partida não mudou de lado.

Nos minutos finais, o Athletico-PR ainda teve uma boa oportunidade para empatar o jogo. Terans arriscou de fora da área, Santos soltou a bola ao fazer a defesa e Canobbio, na tentativa de completar para o gol, foi ao chão, pedindo pênalti. O árbitro, entretanto, nada marcou. Pouco depois o Flamengo respondeu com Everton Ribeiro, que arriscou de fora da área, mas a bola passou por cima do travessão.

A última esperança do Athletico-PR foi a cobrança de falta de David Terans na entrada da área aos 45 minutos do segundo tempo. O uruguaio bateu com categoria, por cima da barreira, mas Santos se esticou todo para fazer a defesa sem dar rebote, ajudando a garantir o tricampeonato da Libertadores para o Flamengo.

A história do Flamengo na Libertadores começou no Grupo H. Os rubro-negros saíram quase com 100% de aproveitamento em uma chave que contava com o Talleres, da Argentina, o Universidad Católica, do Chile, e o Sporting Cristal, do Peru.  

Nesta fase, o time comandado, na época, pelo técnico Paulo Sousa, obteve cinco vitórias e apenas um empate, que aconteceu no confronto com os argentinos.

Depois de assegurar a liderança do grupo, o Flamengo encarou o Tolima, da Colômbia. No primeiro jogo das oitavas de final, já sob a liderança do treinador Dorival Junior, os cariocas venceram com gol de Andreas Pereira, que deixou o clube logo após o triunfo por 1 a 0.

No duelo de volta, no Maracanã, o Flamengo conseguiu sua maior goleada na competição continental, 7 a 1, com direito a quatro gols de Pedro.

O Rubro-Negro enfrentou pela primeira vez uma equipe compatriota na Libertadores já nas quartas de final. Emplacou duas vitórias (ida e volta) contra o Timão: a primeira por 2 a 0 na Neo Química Arena, em São Paulo, e depois por 1 a 0 no Maracanã, no Rio de Janeiro. 

Já nas semifinais o oponente foi o argentino Velez Sarsfield. Em Buenos Aires, os brasileiros praticamente selaram a classificação para a final, ao vencer por 4 a 0. No Maracanã, os rubro-negros voltaram a derrotar os argentinos, desta vez, por 2 a 1.

Logo após a confirmação da classificação, o técnico Dorival Junior falou em fazer de tudo para ser campeão.

"Acho que não tem preço nós chegarmos a um momento como esse. Vamos trabalhar e muito para que possamos fazer uma grande decisão. Enfrentaremos um adversário dificílimo. Não tenho dúvida que será uma partida com um grau de dificuldade muito alto", disse na ocasião. 

Invicto na Libertadores, o Flamengo chegou à decisão com uma campanha de 11 vitórias e um empate, em 12 partidas disputadas. Foram 32 gols feitos e oito sofridos. Além disso, os rubro-negros contam com o artilheiro do campeonato, Pedro, com 12 gols marcados.

Diferentemente do Flamengo, o Athletico Paranaense teve alguns tropeços no Grupo B. Com uma campanha de três vitórias, duas derrotas e um empate, os paranaenses terminaram na vice-liderança, com os mesmos 10 pontos que o Libertad, do Paraguai, que se classificou em primeiro. Já o The Strongest, da Bolívia, e o Caracas, da Venezuela, foram eliminados.

Na quinta rodada, com vaga sob ameaça, o técnico Luis Felipe Scolari assumiu a equipe paranaense, após goleada por 5 a 0 contra os bolivianos, em La Paz, quando Fábio Carille ainda era o treinador do time. Na sequência, o Athletico venceu duas partidas e avançou às oitavas de final.

O adversário da vez foi o Libertad, que também enfentou na primeira fase. Na Arena da Baixada, os atleticanos venceram por 2 a 1, já em Assunção, quando a decisão para as quartas de final seria definida nos pênaltis, Rômulo, aos 44 minutos do segundo tempo, garantiu a classificação dos brasileiros.

Em seguida, o gol de Vitor Roque, com 17 anos de idade, contra o Estudiantes, da Argentina, aos 50 minutos do segundo tempo, garantiu a vitória por 1 a 0, em La Plata, além do acesso às semifinais, já que na Arena da Baixada o duelo terminou 0 a 0.

Nas semis, o Athletico tinha a missão de bater o atual bicampeão da competição continental Palmeiras. Em Curitiba, a vitória com placar mínimo de 1 a 0 dava à equipe rubro-negra a vantagem de um empate no Allianz Parque.

E foi exatamente o que aconteceu, de maneira eletrizante. Mesmo após o time paulista abrir 2 a 0 no placar, os paranaenses reagiram e empataram de 2 a 2, aos 39 minutos do segundo tempo, com gol de David Terans.

Depois de o Furacão voltar à final da Libertadores após 17 anos, o auxiliar técnico Paulo Turra, que substituiu Felipão suspenso, falou sobre fatores que levaram o Athletico à decisão.

"Hoje foi mais um passo que foi dado para que o Athletico se consolide ainda mais do que já é: uma grande estrutura. Tem no seu comando o presidente e no comando técnico o professor Felipe, dois caras de peso". 

Em 12 partidas, o Athletico venceu seis, empatou quatro e perdeu duas. Marcou 15 gols e sofreu 10.

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Com Gazeta Esportiva e Agência Brasil

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