O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, foi denunciado mais uma vez por corrupção passiva pelo Ministério Público Federal. É a 20ª vez que o nome de Cabral aparece nas investigações da Operação Lava Jato. O ex-governador já foi condenado quatro vezes pela Justiça Federal e está preso há mais de um ano na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica.
O ex-secretário estadual de Obras Hudson Braga, o operador financeiro Wagner Jordão Garcia, o ex-coordenador de licitações Alex Sardinha da Veiga e o empresário Geraldo André de Miranda Santos também foram denunciados. A nova denúncia apresenta um esquema de corrupção envolvendo contratos entre o governo do estado do Rio e a construtora Oriente no período de 2010 a 2014. “Com efeito, o pagamento de propina em relação às obras públicas executadas pelo governo do Rio de Janeiro na gestão de Sérgio Cabral e Hudson Braga era prática generalizada, que certamente gerou o pagamento de dezenas de milhões de reais em propina”, afirmam os procuradores do MPF.
Rodrigo Rocca, advogado de Cabral, afirmou que a denúncia se baseia apenas na palavra dos delatores e não apresenta provas que possam confirmar a acusação. "Sérgio Cabral nunca compactuou e nunca participou, direta ou indiretamente, de qualquer ato de corrupção em seu governo ou fora dele. Caso a denúncia seja recebida, a defesa impetrará um habeas corpus para bloqueá-la, seja por sua absoluta falta de provas, seja pelo emprego abusivo e equivocado da Lei da Delação Premiada", concluiu a nota emitida à imprensa.
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