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'Deus proverá', diz prefeito sobre 13º de servidores na Baixada

Funcionários da ativa estão sem receber há dois meses

Prefeito Dr. João Ferreira Neto ainda não deu parecer sobre data dos pagamentos
Prefeito Dr. João Ferreira Neto ainda não deu parecer sobre data dos pagamentos |  Foto: Divulgação
 

Já são dois meses de angústia com a falta de salários. É o que vivem servidores públicos da ativa na cidade de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, que desde outubro não veem o dinheiro cair na conta.

Inclusive, a primeira parcela do décimo terceiro, que deveria ter sido paga dia 30 de novembro, também não aconteceu. Conforme as queixas, falta até dinheiro da passagem para ida ao trabalho. 

"Os garis estão sem receber. Já é dezembro e nada. Muitos pagam aluguel, todos têm dívidas para pagar", denunciou uma mulher. "Está todo mundo sem receber. O meu esposo é da parte de obras e também não recebeu. É revoltante isso", reclamou outra.

Em uma entrevista concedida ao Estúdio B Central, no último dia 8 de novembro, o prefeito Dr. João Ferreira Neto (PL), que também é médico, afirmou que "Deus proverá", quando questionado sobre o pagamento do 13º salário aos servidores.

"Olha só. Deus proverá. Deus proverá, como até agora, durante os quase seis anos de mandato, nunca deixei de pagar o 13º. Sempre Deus me bota uma luzinha e a gente consegue pagar o 13º e não vai ser diferente esse ano. Deus proverá, com certeza, absoluta", afirmou na ocasião.

Há pelo menos seis anos, a situação estaria se repetindo, conforme apontou uma funcionária da UPA Jardim Íris, na região de Vilar dos Teles. Ela disse, ainda, que os médicos da unidade de saúde ameaçaram paralisar as atividades, caso não ocorra o pagamento.

"Ele [o prefeito] gravou uma live falando que 'Deus proverá' sobre o décimo terceiro. São seis anos, desde 2017, que eu estou na prefeitura e ele nunca pagou. Ele sempre come um mês do ano e depois paga como se fosse 13º. E agora ele está dois meses sem pagar a gente: outubro e novembro. Os médicos do UPA do Jardim Íris falaram que se não tivesse pagamento eles não iriam fazer atendimento".

Questionada sobre os apontamentos, a Prefeitura de São João de Meriti ainda não emitiu um retorno sobre os motivos dos atrasos dos salários. Também não informou sobre a previsão de pagamentos.

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