Greve

Alunos do Pedro II já estão há um mês sem aulas: 'Sem respostas'

Portões seguem fechados na unidade do Barreto, em Niterói

Cerca de 12 mil alunos seguem sem aula
Cerca de 12 mil alunos seguem sem aula |  Foto: Lucas Alvarenga

Já faz um mês que funcionários do Colégio Pedro II iniciaram uma greve por tempo indeterminado. Os servidores reivindicam melhores condições de trabalho e um reajuste salarial. Enquanto isso, cerca de 12 mil alunos seguem sem aula.

Um desses alunos é o Paulo Roberto Cardoso, de 15 anos. Próximo de começar o Ensino Médio na unidade, o estudante segue sentindo os impactos da falta de aula.

“A gente fica preocupada, o quanto isso pode impactar a educação do meu filho? Ele quer se preparar para entrar em uma universidade, esse começo do ensino médio é importante, mas a gente fica sem respostas, sem saber quando isso vai acabar”, lamenta Márcia Cardoso, de 45 anos, mãe do aluno.

Responsáveis por alunos se preocupam com o futuro
Responsáveis por alunos se preocupam com o futuro |  Foto: Lucas Alvarenga

Paulo estuda na unidade do Barreto, em Niterói. Na manhã desta sexta-feira (3), dia em que a greve completa um mês, os portões seguiam fechados.

Cartazes pedindo melhorias foram instalados na instituição. Segundo um segurança do local, ainda não há previsão para o colégio voltar a funcionar.

O movimento teve início no dia 3 de abril, além do Pedro II, outras universidades federais também estão com funcionários em greve.

O Ministério Público Federal recomendou, no mesmo mês, que fosse descontado os dias parados dos vencimentos de funcionários que aderiram ao movimento grevista e paralisaram as atividades da instituição.

Foi dado um prazo de 48h para que fossem adotadas as providências administrativas relativas ao corte do ponto dos grevistas, além de informar o MPF sobre as medidas adotadas.

Procurado, o Ministério da Educação (MEC) informou que "segue atento ao diálogo e à negociação conduzida pelo MGI, com participação nas mesas e a busca pelo melhor encaminhamento possível para as demandas de técnicos e professores das universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia. A valorização dos servidores e a resolução célere do impasse interessa ao MEC e a toda sociedade."

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