Crime

Família golpista fisgava vítimas com brindes em Niterói e SG

Prejuízo estimado é de R$ 200 mil; dois suspeitos foram presos

O caso foi registrado na 77ª DP (Icaraí)
O caso foi registrado na 77ª DP (Icaraí) |  Foto: Péricles Cutrim

Dois suspeitos foram presos, na manhã desta terça-feira (17), na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, acusados de integrar uma quadrilha que fingia representar a Bienal do Livro, para aplicar golpes em Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana, e na capital.

As prisões foram realizadas durante a operação Ictu (golpe em latim). Cinco criminosos ainda estão foragidos.

Leia+: Presas acusadas por golpe da falsa assinatura de revista em Niterói

Segundo as investigações, sete suspeitos fazem parte dessa quadrilha e vitimaram, até agora, 43 pessoas. O prejuízo total pode chegar a R$ 200 mil.

Como funcionava o golpe?

Conforme o delegado titular da 77ª DP (Icaraí), Daniel Rosa, os criminosos abordavam pessoas idosas e ofereciam bonecos de desenhos animados, acompanhados de assinaturas de revistas, pelo valor de R$ 79.

A oferta era a assinatura de revistas, mais um brinde, que era entregue no ato
A oferta era a assinatura de revistas, mais um brinde, que era entregue no ato |  Foto: Péricles Cutrim

No entanto, na hora de realizar o pagamento, efetuado por máquina de cartão, os criminosos cobravam dez vezes mais: R$ 799 - no equipamento.

De acordo com os agentes, em outubro do ano passado, uma vítima foi abordada no Centro de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, por duas mulheres que alegavam ser representantes da Bienal do Livro.

A oferta era a assinatura de revistas, mais um brinde, que era entregue no ato. Na hora de passar o cartão, os criminosos usaram duas máquinas, alegando que a primeira havia dado erro. No fim, fizeram duas compras indevidas em valores altos.

Quando soube da situação junto ao banco, a vítima contestou a compra e recebeu a notícia de duas mulheres presas em Niterói, por situação parecida. Ela comunicou o fato na delegacia, que iniciou uma investigação contra a quadrilha.

A Bienal International do Livro do Rio de Janeiro disse que repudia o uso de sua marca por criminosos e espera que os responsáveis sejam punidos.

"É importante deixar claro, a fim de evitar que outras pessoas sejam enganadas, que a Bienal do Livro Rio não comercializa assinaturas de livros ou revistas e tampouco conta com representantes comerciais para oferecer produtos ou serviços à população. Toda comunicação da Bienal com seu público é feita pelos canais oficiais: site (www.bienaldolivro.com.br), Instagram (@bienaldolivro), Facebook (/bienaldolivro) e TikTok (@bienaldolivro)", explicou a Bienal do Livro em nota. 

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