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Fome noturna pode ser doença

Fome à noite pode estar relacionada a Síndrome Alimentar Noturna. Foto: Divulgação

Você já deve ter ouvido falar que comer à noite faz mal, engorda, e que dificulta no emagrecimento. Recentemente um estudo divulgado pela universidade Aberdeen, na Escócia, reforçou a tese sobre a ingestão de calorias a partir das 18h.

De acordo com os pesquisadores, o corpo não reage bem às refeições noturnas, causando mudanças no hormônio que regula o apetite, chamado de Grelina, mais conhecida como o "hormônio da fome".

Quando o estômago fica vazio, intensifica a secreção e o hormônio atua no cérebro dando essa sensação de fome. A informação é do professor Sérgio Girão, especialista na área de nutrição clínica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

"As secreções hormonais que acontecem na parte do dia, como a insulina, que faz com que a glicose vá para o sangue, fica maior em horário quando o metabolismo não está preparado para receber, e acaba tendo um efeito contrário ao anabólico, estimulando a reserva de tecido adiposo e causando a secreção dessa insulina", explica.

O anabolismo é a síntese de moléculas que nosso corpo produz, já o tecido adiposo, é o responsável por guardar a gordura.

É o que acontece com os profissionais, por exemplo, que trabalham com escalas de plantão, e acabam tendo a rotina de alimentação afetada. O cronograma de alimentação é dificultado, causando o Jet lag, que se caracteriza como uma descompensação horária, isso acontece porque o relógio biológico do corpo é programado para se adaptar à rotina do dia a dia.

SAN

A síndrome Alimentar Noturna (SAN) é caracterizada justamente pelo exagerado no consumo de alimentos na parte da noite, quando o seu corpo começa a se preparar para descansar.

Ainda de acordo com o estudo, cerca de 24% a 30% da população sofre com a SAN, que também influencia negativamente no sono, já que a pessoa levanta na madrugada para "assaltar" a geladeira.

De acordo com profissionais de Nutrição, a orientação, para a parte da noite, é a ingestão de alimentos leves como verduras, fibras, e proteínas. Você pode apostar em peixe, frango, frutas, ovos, saladas e legumes, além de criar uma rotina de alimentação saudável e de atividades físicas.

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