O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração do cargo nesta manhã de sexta-feira (15). Uma coletiva de imprensa será marcada na parte da tarde pela pasta. O motivo do pedido de demissão, segundo pessoas ligadas a Teich, foi a decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em mudar o protocolo de prescrição da hidroxicloroquina e afrouxamento das medidas de isolamento social em meio à pandemia da Covid-19.
Teich ficou menos de um mês à frente do cargo que assumiu no último dia 16 de abril, já durante a expansão elevada do novo coronavírus. A doença tirou a vida de 13.993 pessoas em todo o país até esta quinta-feira (14), segundo dados do próprio Ministério da Saúde.
Carioca e formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o médico oncologista trabalhou durante a campanha eleitoral de Bolsonaro como consultor de saúde. Durante a trajetória profissional, o médico também foi assessor no próprio Ministério da Saúde, entre setembro do ano passado e janeiro deste ano.
A informação sobre a saída de Teich nesta sexta (15) gerou repercussão imediata em todo o país. Através do Twitter, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido do cargo no mês passado, desejou 'paciência' ao país.
O clima entre Bolsonaro e Mandetta também vinha esquentando, antes da decisão do presidente, principalmente com relação ao posicionamento de Bolsonaro a respeito do isolamento social como medida para frear a curva de crescimento do novo coronavírus no país.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), também usou o microblog para prestar solidariedade a Nelson Teich.
Publicado às 12h08. Com Agência Brasil.
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