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Fica mais barato morar na Região de Pendotiba, em Niterói

Região de Pendotiba apresentou queda de 16%. Foto: Reprodução Google Street View

Apartamentos à venda em Niterói estão com preços mais acessíveis por conta da desvalorização de imóveis divulgada pelo Sindicato da Habitação (Secovi) Rio. Em Pendotiba, por exemplo, foi registrada queda em média de 16%, no comparativo de março do ano passado, e o mesmo período desse mês — período que marca a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O dado inédito do Sindicato da Habitação (Secovi) Rio revela que o preço do metro quadrado (m²) em Pendotiba sofreu queda de R$ 5.290 para R$ 4.445. No Badu, bairro da região, houve redução nos valores das propriedades imobiliárias: de R$ 5.595 caiu para R$ 5.208, uma baixa de 6,9%.

O bairro de Maria Paula, na mesma região, apresentou valorização de 2,3%. De R$ 4.120 saltou para R$ 4.214 enquanto no Maceió a valorização foi de 6,8%. Piratininga também ficou no positivo com 3,4% na valorização, o que representa um aumento de R$ 7.267 para R$ 7.513.

Áreas nobres do município também foram impactadas na última análise, como foi o caso de São Domingos, na Zona Sul. De R$ 6.209 o valor do na localidade decresceu para R$ 5.557 (10,5%). Boa Viagem repetiu a tendência de queda entre março do ano passado e o mesmo período desse ano. De R$ 8.975 caiu para R$ 8.342 (7,1%).

Seguindo a mesma tendência de desvalorização, em Camboinhas houve variação negativa de 4,3%, já que em março de 2019 estava com valor médio do em R$ 7.515 e diminuiu para R$ 7.190 nesta temporada.

Confira as demais regiões em baixa

NITERÓIMAR/19MAR/20VARIAÇÃO (%)
São FranciscoR$ 8.873R$ 8.387-5,5%
CamboinhasR$ 7.515R$ 7.190-4,3%
Gragoatá R$ 8.762 R$ 8.486 -3,2%
Vital BrazilR$ 6.560R$ 6.357-3,1%
FonsecaR$ 4.113R$ 3.994-2,9%
FátimaR$ 5.071R$ 4.930-2,8%
CharitasR$ 9.300R$ 9.061-2,6%
ItacoatiaraR$ 6.590R$ 6.476-1,7%
Santa RosaR$ 5.880R$ 5.792-1,5%
ItaipúR$ 5.861R$ 5.785 -1,3%

Fonte: Secovi Rio

Bruno Serpa Pinto é presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário de Niterói (Ademi-Niterói) — que representa as principais incorporadoras da cidade.

Como dono da empresa SPIN - Inovações Imobiliárias, que atualmente tem 7 mil imóveis à venda, explica que o estudo feito pela organização na qual coordena mostrou uma redução de preços na cidade na ordem de 12%, "mas não linear", ressalta.

"Ela está em uma média da cidade, porque as pessoas precisam fazer liquidez. O mercado imobiliário, assim como as atividades de varejo foram impactados pelo coronavírus, com tudo o que está acontecendo", conta.

Nadando contra a maré

No Barreto, Zona Norte de Niterói, houve valorização de 1,6% no metro quadrado do apartamento à venda. Pelo estudo, de R$ 4.843 — em uma outra realidade (março/19) —, a cotação subiu para R$ 4.922 (mar/20).

Ainda na mesma região, o Largo do Barradas ficou praticamente estável, com 3,1% de apreciação imobiliária, chegando a R$ 4.059 o preço do . Em março do ano passado, por exemplo, atingia os R$ 3.938.

Já no Centro, apesar da maneira tímida, houve valorização de R$ 5.262 no ano passado para R$ 5.310 neste mês de março (0,9%).

Pela Zona Sul, Icaraí, que possui maior número de casos suspeitos de COVID-19, segundo a Prefeitura de Niterói, seguiu a tendência da região central e se manteve estável com valorização de apenas 0,1% — de R$ 7.883, saltando para R$ 7.893.

Bairro vizinho, o Ingá também aparece na pesquisa do Secovi Rio, com alta de 1,4%, no comparativo março 2019/2020. De R$ 7.168, houve um aumento de R$ 7.267.

Na Região Oceânica, apenas Piratininga ficou no positivo com 3,4% na valorização, o que representa um aumento de R$ 7.267 para R$ 7.513.

Ruas em baixa

Conforme mostra o estudo do Secovi Rio, apesar da tímida valorização de apartamentos em Icaraí, houve desvalorização no valor do m² de algumas das principais ruas do bairro. Com é o caso da tradicional Joaquim Távora, por exemplo, que lidera o ranking. De R$ 6.292 decresceu para R$ 5.891, o que representa um impacto de 6,4%.

Logo em seguida, aparecem a Gavião Peixoto, com queda de 2,2%; Miguel de Frias, que diminuiu 2,0%; Mariz e Barros — com -1,1%.

Outras importantes vias como as avenidas Roberto Silveira e Jornalista Alberto Francisco Torres também perderam valorização. A primeira sofreu queda de 0,2%, e a segunda, que fica na orla da Praia de Icaraí, se manteve estável com leve queda de 0,3%.

Maricá

Seguindo tendência oposta a Niterói, bairros de Maricá seguem em valorização. Foto: Arquivo / Ascom Maricá
Seguindo tendência oposta a Niterói, bairros de Maricá seguem em valorização. Foto: Arquivo / Ascom Maricá

No mais recente balanço divulgado pelo Secovi Rio, Maricá continua apresentando alta na valorização de casas. Segundo o sindicato, quando comparado com o mesmo período do ano passado, o bairro de Inoã apresentou valorização de 8,1%.

O estudo revela ainda que de R$ 2.792, os imóveis passaram a valer R$ 3.019. No Jardim Atlântico, a tendência positiva também se fez presente: de R$ 3.149 saltou para R$ 3.371 (7,0%).

Itaipuaçu figura na lista com 5,2% de valorização. De R$ 3.032 foi para R$ 3.189, seguido por Ponta Grossa com 2,6%. Isso significa que o valor do saltou de R$ 3.512 para R$ 3.605 na região. Ubatiba vem por último com 0,4% de enaltecimento no setor imobiliário.

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