Cidades

Golfinhos encantam na Baía de Guanabara

https://youtu.be/DSanBiGuzEs
Esses animais passam boa parte do tempo se alimentando e se deslocando ao longo da nossa costa. Foto: Reprodução

Um vídeo com cerca de 70 golfinhos nadando na entrada da Baía de Guanabara, próximo ao Forte São João, na Urca, Zona Sul do Rio de Janeiro, encantou cariocas e internautas durante o último sábado (10).

No Facebook, alguns usuários comentaram o episódio como um espetáculo da natureza, enquanto outros elogiavam a beleza dos animais e até definiram como uma benção.

De acordo com o biólogo marinho, Rodrigo Leão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o vídeo mostra golfinhos-nariz-de-garrafa da espécie Tursiops truncatus. Ele explica que apesar da má qualidade ambiental da Baía, a persistência dessa e de outras espécies marinhas, traz a mensagem de que se controlada a poluição, o local pode voltar a ser utilizado com mais frequência por esses animais.

"É uma pena que essa cena seja vista como algo raro e inusitado, porque no passado não muito distante a baía era uma área com grande abundância de baleias e golfinhos".

Rodrigo Leão, biólogo marinho da UFRJ

O biólogo do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Rafael Carvalho, afirmou que essa é uma espécie que costuma nadar mais perto da costa e das praias nos primeiros meses do ano e que esses animais passam boa parte do tempo se alimentando e se deslocando ao longo da nossa costa.

O que fazer nessa situação?

Segundo o Doutor Salvatore Siciliano, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é necessário manter uma distância entre 150 e 300 metros, além de não interferir nas atividades dos animais. De acordo com Siciliano, não é proibido observar, pois a atividade de turismo de observação de baleias e golfinhos é liberada pela legislação.

O biólogo ainda afirma que é a favor deste turismo, pois acredita ser uma forma de valorização, e neste caso, mostra que a entrada baía ainda é capaz de oferecer um ambiente para esses animais marinhos, visto que o local também oferece muitos peixes.

"O litoral do Rio de Janeiro é cheio de recursos, por isso essa espécie não é incomum na região", finalizou.

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