Pacientes voltaram a enfrentar transtornos por conta das goteiras recorrentes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Fonseca, na Zona Norte de Niterói. Nesta segunda-feira (2), as chuvas obrigaram a equipe da unidade a abandonar a recepção.
"Quando cheguei lá, até achei que a UPA não estava funcionando", contou a doméstica Paloma Ferreira, de 27 anos.
Os funcionários improvisaram uma recepção em um dos consultórios, relatou a paciente. Na entrada da UPA, era preciso desviar dos bolsões d'água e baldes, dificultando o acesso de pessoas com mobilidade reduzida.
Moradora do Fonseca, Paloma optou por buscar a unidade ao notar sintomas de sinusite. "Prefiro a UPA em vez de buscar a policlínica, porque na unidade é possível fazer os exames e é referência em atendimento".
No entanto, desta vez, os exames também estavam suspensos. A unidade não informou se os aparelhos de radiografia foram interditados em decorrência das chuvas.
Paloma precisou concluir o atendimento na unidade de saúde com receituário, mas sem exame para diagnóstico.
O problema das goteiras completou aniversário de um ano na UPA do Fonseca em fevereiro. Há um ano, vídeos exibiam baldes e até banheiras de bebê escoando a chuva no interior da unidade. Em janeiro deste ano, uma das salas da UPA foi interditada diante do risco de choque elétrico ocasionado pelas infiltrações.
A unidade, toda estruturada em contêiner, é administrada pela Secretaria de Estado de Saúde. Procurada, a coordenação da UPA Fonseca informou que algumas alas da unidade foram afetadas pelas chuvas, porém sem comprometer o funcionamento e atendimento dos pacientes.
A coordenação informou também que o aparelho de raio-X da UPA Fonseca sofreu uma avaria e, por isso, está inoperante. No entanto, reiterou que o fato não está relacionado às chuvas e que um novo componente para substituição no aparelho está em processo de compra.
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