Cidades

Milhares reunidos no Rio contra cortes na Educação

Estudantes de Niterói também participam da manifestação no Centro do Rio. Foto: Wallace Rosa

Milhares de estudantes e profissionais da Educação se reuniram na tarde desta quarta-feira (15) no Centro do Rio em mais um dia de protestos contra o corte na verba da educação de instituições federais e a reforma da previdência. Em Niterói a concentração aconteceu na Estação Arariboia, onde os manifestantes seguiram de barcas para o Rio.

Os manifestantes se concentraram por volta de 15h na Igreja da Candelária e às 17h50 iniciaram caminhada pela Avenida Presidente Vargas com destino à Central do Brasil. Todas as 16 faixas de rolamento da avenida foram ocupadas pelos manifestantes e fechadas ao trânsito de veículos, que foram desviados por ruas próximas, causando um grande congestionamento. O protesto reuniu estudantes e ativistas de todas as idades, desde alunos do ensino fundamental, estudantes do ensino médio e universitários, até aposentados, além de professores e trabalhadores da educação.

O policiamento se posicionou de forma discreta, sem presença ostensiva entre os manifestantes e distante do carro de som. Os manifestantes seguravam faixas e cartazes com frases contra o bloqueio de verbas para o ensino e em defesa da educação.

Por conta das manifestações o Centro de Operações Rio informou que a Avenida Presidente Vargas precisou ser interditada nos dois sentidos, altura da Candelária, o desvio foi feito pela Avenida Passos. A Rua Primeiro de Março também precisou ser interditada entre a Avenida Almirante Barroso e Presidente Vargas.

Estudantes da UFF também estiveram presentes. Imagens: Wallace Rosa

Pelo Brasil

Em diversas cidades brasileiras, estudantes, trabalhadores da educação e sindicalistas se mobilizam para protestar contra o bloqueio de verbas das universidades públicas e de institutos federais. Convocados por entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), os atos também criticam a possibilidade de extinção da vinculação constitucional que assegura recursos para o setor e a proposta de reforma da Previdência.

Segundo a CNTE, atos foram realizados nas 27 capitais brasileiras e em várias outras cidades do país.

O Ministério da Educação (MEC) garante que o bloqueio de recursos se deve a restrições orçamentárias impostas a toda a administração pública federal em função da atual crise financeira e da baixa arrecadação dos cofres públicos. O bloqueio de 30% dos recursos, inicialmente anunciado pelo MEC, diz respeito às despesas discricionárias das universidades federais, ou seja, aquelas não obrigatórias. Se considerado o orçamento total dessas instituições (R$ 49,6 bilhões), o percentual bloqueado é de 3,4%.

O MEC afirma também que do total previsto para as universidades federais (R$ 49,6 bilhões), 85,34% (ou R$ 42,3 bilhões) são despesas obrigatórias com pessoal (pagamento de salários para professores e demais servidores, bem como benefícios para inativos e pensionistas) e não podem ser contingenciadas.

De acordo com o ministério, 13,83% (ou R$ 6,9 bilhões) são despesas discricionárias e 0,83% (R$ 0,4 bilhão) diz respeito àquelas despesas para cumprimento de emendas parlamentares impositivas – já contingenciadas anteriormente pelo governo federal.

Crédito: Agência Brasil

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