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Preço do tomate dispara e valor da carne preocupa

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|  Foto: Foto: Pedro Conforte
Tomate entre os itens mais caro nas prateleiras de supermercados de Niterói. Foto: Pedro Conforte

O tomate entrou na lista dos vilões dos preços altos neste mês de janeiro, a alta foi de 60%. Em pesquisa realizada pelo Plantão Enfoco, em supermercados de Niterói, por exemplo, o quilo da fruta foi encontrado por até R$ 7,99, quando no mês de dezembro o valor era comercializado por R$ 4,99.

Outros itens que também sofreram um acréscimo significativo entre eles o arroz e o alho, com aumento de 28,4% em estabelecimentos de Niterói, no comparativo com o ano passado.

O arroz agulhinha do tipo 2, escolha da maioria das famílias brasileiras teve alta de 16%, no comparativo entre supermercados de diferentes bairros. No Centro de Niterói, por exemplo, o pacote de cinco quilos de marcas diferentes, varia entre R$ 24,99 a R$ 27,99. Enquanto na Zona Sul, o mesmo produto pode ser encontrado entre R$ 25,80 a R$ 29,95, variação de 16,8%. Já o alho branco, tem variação de preços, sendo encontrado também na Zona Sul, por R$ 17,90 e no Centro por R$ 12,90. 

A economista Maria Beatriz de Albuquerque, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), explica alguns dos motivos que podem ter colaborado para o aumento dos produtos, entre eles a grande demanda e o período de safra e entressafra dos alimentos.

“Os preços dos alimentos tem vários fatores que influenciam, o primeiro deles é a demanda, todo o momento onde se tem o menor consumo de determinados produtos, você vai ter aumento a não ser que a oferta aumente muito. Quando tem entressafra o produto não sendo de estação vai ter seu preço aumentado, nos meses de verão nós temos a entressafra de vários produtos de hortifruti e carnes também, então todos esses aspectos vão influenciar nos preços”

Outro ponto citado pela especialista é o pagamento do décimo terceiro, além da cotação do dólar que recebe uma valorização muito maior no mês de janeiro.

“Tivemos o auxílio emergencial, teve o décimo terceiro. Tudo isso leva ao aumento do preço dos alimentos, outro problema, importante é em relação a importação e exportação do consumo interno, muitos dos produtos que consumimos aqui são importados, então eles são cotados em dólares e tem haver com a cotação do dólar. A valorização substancial do dólar, inclusive uma valorização grande no mês de janeiro”, conclui.

Para a cozinheira Claudia Regina, de 49 anos, na hora de fazer compras e escolher os produtos, ela prefere pagar mais caro e levar o tomate ao invés da massa de tomate.

“O tradicional é a melhor opção, a massa de tomate é industrializada e não da para substituir a fruta, prefiro pagar mais caro e ter um alimento melhor na minha mesa”, explica. 

Cesta básica, preços, mercado
Valor do arroz continua salgado na cesta básica dos brasileiros. Foto: Pedro Conforte

Já a manicure Alzira Ribeiro, de 64 anos, aposta na pesquisa de preços e substituição de itens.

“Está muito alto os preços, estou tendo que substituir o arroz por macarrão. Levava cinco quilos, agora estou levando três. O arroz está muito caro, subiu muito, já estivemos em outros mercados pesquisando preços, mas não adianta”

Cesta básica, preços, mercado
Alta no valor da carne ajudou a inflacionar o preço da cesta básica. Foto: Pedro Conforte

Na recente pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no cidade do Rio o custo da cesta básica, no mês de dezembro, ficou no valor de R$ 621,09, com alta puxada pelos preços da carne bovina de primeira, leite UHT e a manteiga, arroz agulhinha e óleo de soja.

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