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Vereadores saem em defesa de hospital em Maricá

Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá. Foto: Divulgação/ Prefeitura de Maricá

Um dia após uma família ter acusado o Hospital Municipal Conde Modesto Leal de negligência e a Prefeitura de Maricá ter aberto sindicância para apurar as circunstâncias da morte de um paciente internado na unidade, vereadores da Câmara Municipal defenderam o hospital na plenária. O líder do Governo, Fabrício Bittencourt (PTB), e o presidente da Comissão de Saúde, Felipe Auni (PSD), aproveitaram a sessão desta quarta-feira (17), para apresentar números que seriam favoráveis aos atendimentos na unidade.

O líder do Governo, Fabrício Bittencourt, afirmou que houve aumento de 21% nos atendimentos do hospital de 2017 para 2018.

“Nós falamos muito sobre saúde e pouco sobre números e dados, por isso, trouxe alguns hoje. Em 2017 foram feitas 1.330 cirurgias eletivas, em 2018 ocorreram 1.607. Em 2017 foram feitos 1.310 exames e em 2018, realizaram 1.319. Foram realizadas 1.170 cirurgias de emergência em 2017 e 1.325 no ano de 2018”, disse.

Já o vereador Felipe Auni criticou informações divulgadas pela internet nas redes sociais de forma mentirosa. Em seguida, falou sobre a estrutura do hospital que, segundo ele, atualmente atende os maricaenses.

“Nos últimos anos eu tenho acompanhado as reformas realizadas e as melhorias, tudo com o hospital aberto, em pleno funcionamento. Nosso hospital tem 89 leitos, atendimentos de urgência e emergência, além de ter uma equipe de plantão com profissionais de diversas especialidades. Houve um aumento no atendimento emergencial de 26% desde 2017, sendo que pelo menos metade dessa porcentagem é de pacientes de fora do município de Maricá. Posso provar isso com documentos, não com falácias divulgadas na internet”, afirmou.

Entenda o caso

A Prefeitura, através da Secretaria de Saúde, abriu sindicância para apurar as circunstâncias da morte de um paciente internado no Hospital Conde Modesto Leal. O paciente deu entrada na noite de domingo, sem qualquer identificação, com ferimentos nas mãos e pernas, possivelmente decorrentes de agressão.

Segundo a nota da Prefeitura, a equipe de plantão constatou que o paciente também tinha um quadro compatível com síndrome de abstinência de álcool ou química. O atendimento foi feito de acordo com o que era recomendado para tal quadro.

Na manhã de terça-feira (16), no entanto, o paciente sofreu uma parada cardiorrespiratória, foi assistido e entubado - o que descarta qualquer possibilidade de sufocamento por objeto estranho - mas após quarenta minutos de tentativas de ressuscitação cárdiopulmonar não resistiu e veio a falecer.

Ainda de acordo com a nota, a sindicância visa a apurar não só a causa real da morte, mas também o fato de ter sido emitido um atestado de óbito com “causa indeterminada” apesar dos sinais evidentes de agressão e do possível quadro de abstinência. O procedimento correto prevê o envio do corpo para o Instituto Médico Legal de forma a ser feita a necropsia. A secretaria deverá tomar tal medida, por considerar fundamental o cumprimento dos protocolos legais.

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