Jonny Salles

O Legado de um rei! – Wakanda forever!

Pôster de Pantera Negra. Foto: Divulgação

Em 15 de fevereiro de 2018 chegava aos cinemas um dos mais importantes filmes da Marvel, não por ser o mais caro ou com maior número de atores e muito menos por ser o desfecho de sua saga intergaláctica, mas pelo que representava. Nele víamos uma África rica, um herói que tinha orgulho de quem era e um elenco majoritariamente negro, trazendo uma importantíssima representatividade para o universo Marvel, que muitas vezes foi criticada pela falta de protagonismo não-branco.

Pantera Negra, protagonizado por Chadwick Boseman (In Memorian), trouxe o que muitas crianças, jovens e adultos negros buscavam: identificação. Revelou a todos aqueles que sofrem discriminação por conta da cor de sua pele um herói, não um mártir ou apenas um ajudante, mas sim um super-herói, que ainda por cima era rei de uma terra incrivelmente próspera, que enfrentava inimigos sem hesitar, que tinha orgulho de sua cultura e amava seu povo.

Pantera Negra foi homenageado no campeonato de enterradas em 2018 / Divulgação NBA

O lançamento do longa, assim como nos quadrinhos há décadas, trouxe uma imensa comoção, levando milhares de pessoas a verem o primeiro herói negro da Marvel ganhando destaque e podendo observar nele, um pouco de si. Além disso, a obra quase faturou o Oscar de Melhor Filme, sendo o único da empresa a concorrer o prêmio, o que mostra a maestria pelo qual o filme é conhecido.

 Infelizmente, na semana passada, em 28 de agosto de 2020, Chadwick Boseman, o rei T’challa em Pantera Negra, faleceu. O ator lutava secretamente há 4 anos contra um câncer no cólon, sem nunca revelar seu sofrimento ou reclamar das complicações do tratamento, mostrando uma força incomparável não só dentro das telas, mas também fora delas.

Ainda é muito cedo para se pensar “no futuro do Pantera Negra”, e não sejamos egoístas querendo um substituto para Chadwick o quanto antes para que “o Universo Cinematográfico da Marvel não pare”, mas reflitamos na força, no poder e na representatividade que esse brilhante ator trouxe para um mundo que necessita cada vez mais igualdade, respeito e de uma luta ativa contra qualquer tipo de racismo.

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