Karinne Pierre - Carreiras & Negócios

Home Office, você está preparado?

Foto: Divulgação - Freepik

Home Office vem de uma expressão inglesa que significa “escritório em casa”. Esse método de trabalho, costumava caracterizar trabalhadores independentes, os conhecidos “free lancers”, sem previsão contratual de condições, nem regras, sobre a execução do trabalho.

A regulamentação do home office, ocorreu através da reforma trabalhista, com a modalidade contratual TELETRABALHO, através do art. 75 A ao art. 75 E da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), como trabalho executado fora das dependências das empresas, à distância, por meio de tecnologias de informação e comunicação.

Na legislação da reforma trabalhista, estabeleceu-se, que deverá constar no contrato individual de trabalho, a modalidade contratual expressa, quais atividades serão executadas, determinando quanto a manutenção e fornecimento dos equipamentos tecnológicos utilizados remotos e da infraestrutura necessária, bem como reembolsos de possíveis despesas arcadas pelo empregado, relativo a este, sem direito de integração a remuneração.

Além de determinar, que o comparecimento do empregado, às dependências do empregador, não descaracteriza o regime do teletrabalho. E caso haja alteração contratual, de regime teletrabalho para presencial, este deverá ser registrado por meio de Aditivo de Contrato, desde que haja mútuo acordo entre as partes, garantindo prazo mínimo de transição de quinze dias.

Todo esse conjunto de regras regidas pela CLT, trouxe segurança jurídica às empresas, que fomentou ainda mais as contratações nessa modalidade, com a formalização de um contrato bem redigido e cláusulas já pré-determinadas.

É possível trabalhar home office, através de várias profissões. Diversas vantagens e desvantagens podem ser elencadas pelas empresas como redução de custos internos, de insumos e disponibilidade de espaço físico, e sobretudo, a necessidade do controle da segurança da informação e ausência presencial do contratado, que pode impactar em tomadas de decisão diversas.

A modalidade home office, pode ser prestada em alguns formatos: como funcionário celetista externo, aonde o trabalho pode ser desenvolvido em domicílio ou coworking (escritório compartilhado, salas individuais locadas), como profissional autônomo, sem vínculo empregatício, ou como empresário de uma empresa “home based” (modelo de negócio sem necessidade de ponto comercial).

Para os funcionários celetistas, a jornada de contrato trabalhada em “home office”, pode ser concedida de forma parcial, ou seja, uma ou duas vezes por semana, negociado como um bônus a um cargo específico, talvez, ou integralmente, ou seja, todos os dias.

Assim como as empresas, existem fatores que precisam ser observados pelas pessoas interessadas em firmar este tipo de contrato. Pensando pelo lado da qualidade de vida, a vantagem está no fato de não ter que dispensar as energias no trânsito, má alimentação, e viver o estresse muitas vezes presentes no dia a dia das empresas, mas é preciso estar preparado.

Pessoas que tendem a trabalhar sobre a necessidade de cobrança, essas, podem ter seu trabalho comprometido. Aqueles que estão iniciando carreira e ainda não viveram uma rotina nas empresas, a experiência diária corporativa, é importante para o desenvolvimento profissional e o acompanhamento presencial, entendo ser necessário, no entanto, assumir esta modalidade contratual nesta ocasião, não seria positivo.

Cargos estratégicos, desempenham melhor com a vivência dentro das empresas, dependendo da estrutura, pares de trabalho e níveis hierárquicos que terá como suporte na comunicação.

Os perfis viciados em trabalhos, chamados “workaholic”, tendem a trabalhar com mais intensidade e extrapolar com mais horas de trabalho, de madrugadas e fim de semana, o que pode comprometer sua saúde mental.

Para os que têm dificuldade em “startar” o processo de trabalho, uma dica seria manter a vestimenta formal, para que o desleixo não impacte na produtividade, mesmo que inconscientemente.

Trabalhar em casa requer muita disciplina, concentração, foco e maturidade, para que a dinâmica, não fique prejudicada e ultrapasse a linha tênue entre trabalho e vida pessoal.

Por fim, se você dominar todos esses percalços, é uma excelente oportunidade profissional. O privilégio da liberdade e autonomia, beneficia a qualidade de vida, incentiva e contribui com a produtividade, funcionários felizes e consequentemente ótimos resultados.

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Karinne Pierre - Carreiras & Negócios

Com mais de 20 anos de experiência no mercado de trabalho, Karinne Pierre é CEO da Dphumanos, palestrante, mentora de carreiras e consultora empresarial.

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