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Polícia de Niterói desmonta quadrilha que vendia medicamentos pela internet

Policiais da Delegacia do Fonseca, em Niterói, prenderam na manhã dessa quinta-feira (29), no interior do estado de São Paulo, uma dentista de 23 anos acusada de participar de um grande esquema interestadual envolvendo tráfico de drogas, crimes contra saúde pública e lavagem de dinheiro. A prisão decorreu em continuação da Operação Eros, deflagrada no último dia 8. 

A jovem foi presa em sua residência, no bairro Eiji Matsumura, no município de Registro. Os policiais cumpriram também mandados de busca e apreensão em outros endereços relacionados à dentista na cidade, dentre os quais o consultório dentário onde ela trabalhava. 

A acusada é irmã de uma outra mulher também presa no último dia 8, na primeira fase da operação iniciada pela Delegacia do Fonseca nos estados do Rio e Paraná. Na ocasião, foram presos quatro acusados de participar da organização criminosa responsável por um site brasileiro que vendia medicamentos de uso controlado e/ou proibido. Nele eram anunciados indiscriminadamente uma enorme variedade de remédios, tais como: abortivos, ansiolíticos, estimulantes cerebrais, tranquilizantes, anfetaminas, anabolizantes, inibidores de apetite, antidepressivos, estimulantes sexuais e antibióticos 

Ainda durante a primeira fase da operação, os agentes encontraram em Foz do Iguaçu, na casa de um casal que está entre os presos, diversos receituários em branco que já estavam carimbados e assinados pela dentista. Em conversas entre eles por um aplicativo de mensagens, os agentes comprovaram o envolvimento da jovem no esquema criminoso. As receitas eram utilizadas pelo casal para justificar a grande variedade e demanda de medicamentos e drogas que eram fornecidos regularmente por outro casal - no caso a irmã da dentista e o marido -, também já presos, moradores de Maricá.

Segundo a polícia, de São Paulo a dentista prestava uma espécie de consultoria para a quadrilha, mas era de Maricá que a irmã e o marido operavam o site e promoviam toda a logística de venda, postando as encomendas em agências dos Correios de Niterói para consumidores de todo o Brasil.

A pena para crime de tráfico de drogas varia de cinco a 15 anos de reclusão. Outra parte exige prescrição médica e autorização especial da ANVISA para comercialização de medicamentos, submetendo os infratores ao Art. 273 do Código Penal, que prevê penas de dez a 15 anos de reclusão.

Na operação, milhares de caixas de medicamentos e drogas foram apreendidas. Dois veículos, três imóveis e cinco contas bancárias que eram utilizadas pelo esquema criminosos foram sequestrados judicialmente.

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