Esportes

Adrenalina e solidariedade nas ondas de Maricá

Imagem ilustrativa da imagem Adrenalina e solidariedade nas ondas de Maricá
Aulas são para todas as idades. Foto: Karina Cruz

Aprendizado, solidariedade e adrenalina estão unidos em Maricá através do Instituto ESB Frank Corrêa de Esportes Radicais. Isso porque o projeto sem fins lucrativos, já existe há 8 anos, com ajuda de voluntários que se revezam para ensinar a pratica do surfe e ainda fazem arrecadação de alimentos para famílias carentes.

As práticas do Bodysurf e Bodyboard são oferecidas por um valor simbólico e o projeto arrecada doações para montagem de cestas básicas. Por conta da pandemia as aulas estão suspensas, embora a arrecadação esteja a todo vapor.

"Sabemos das necessidades das famílias e por isso tomamos essa decisão. Como não estamos com a arrecadação regular, pedimos doações através das nossas redes sociais e a todas as pessoas que conhecem o nosso trabalho. Essas doações vão para famílias carentes pré-cadastradas no instituto"

Amanda Souza, presidente do ESB

Entre os instrutores voluntários estão funcionários públicos, biólogos e profissionais das mais diversas áreas que se revezam na promoção das aulas.

Com a pandemia, instrutores aguardam ansiosos o retorno das atividades. Foto: Karina Cruz.

Guarda Municipal do Rio e coordenador do projeto, Rodrigo Figueiredo explica que os alunos aprendem não só o esporte, mas um estilo de vida.

"Aqui os alunos aprendem a noções básicas de cidadania, conscientização social e ambiental que tem como base a promoção do surfe. Temos a existência do estatuto e a preocupação com a formação de verdadeiros  cidadãos através  do esporte"

De acordo com a presidente do ESB, Amanda Souza, o projeto já existe há oito anos, conta com 180 associados e até uma equipe feminina, a ESB Girls.

"São ao todo 58 mulheres que estão nos mais variados níveis. Muitas ainda no primeiro contato com o mar, já outras participam de campeonato e até alcançaram pódios", explica.

De acordo com Amanda, as aulas são  realizadas na orla de Maricá, em pontos estratégicos, para melhor desenvolvimento  da modalidade.

"Para a matrícula a gente pede um quilo de alimento e um valor simbólico de R$5,00. Nós trabalhamos com categorias por alunos, Esb kids (a partir dos 4 anos) com acompanhamento dos pais nas aulas, além das categorias Iniciante, Intermediário e Avançado. Não temos limite máximo de idade", garante.

Ex-aluno do projeto e atualmente instrutor de Bodyboard, Cauã Tollstoy, revela que para estudantes que desejam fazer as aulas, não basta só estar matriculado na escola ,'é preciso ter frequência comprovada na escola e boas notas'.

O projeto

Há oito anos em atividade o projeto solidário conta com apoio de voluntários. Foto: Karina Cruz

O profissional de Bodyboard, referência para Maricá na modalidade, Frank Correa, explicou como foi o início do projeto.

"Como atleta, eu já costumava ajudar outras pessoas e tentava corrigir alguma coisa dentro da água. Acabei fazendo amizade com quatro pessoas, que criaram um grupo em um aplicativo de mensagens e colocaram o nome de 'Aulas de Bobyboard'. Fui convidado para ser o professor e até o início sugeriram o valor de R$ 60,00 que a gente comprava cesta básica para doação", lembrou.

Frank disse ainda que o esporte mudou sua vida e por isso gostaria de retribuir para outras pessoas.

"Foi uma ferramenta social para minha vida, eu pude conhecer lugares, ter cultura, educação e conhecimento. O projeto se multiplicou e hoje estamos nesse patamar, mas nossa essência continua a mesma, ajudar pessoas a mudar o modo de viver. Esse trabalho vai muito além de doar alimentos e ministrar aulas, é uma família onde um cuida do outro''

Quem desejar ajudar o instituto pode entrar em contato pelos telefones (21) 99922.8705 e (21) 99766 5127.

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