Copa

Candidata a surpresa, Dinamarca apenas empata com a Tunísia

Partida foi mais agitada nas arquibancadas do que em campo

Equipes fizeram jogo equilibrado, mas não conseguiram marcar
Equipes fizeram jogo equilibrado, mas não conseguiram marcar |  Foto: Divulgação/Fifa
 

Aconteceu o primeiro 0 a 0 da Copa do Mundo do Catar. No Estádio Cidade da Educação, nesta terça-feira (22), a queridinha Dinamarca, candidata a grande surpresa do Mundial, ficou no empate sem gols com a Tunísia na abertura da disputa do Grupo D. O destaque do duelo ficou por conta da bonita festa da torcida, composta em sua maioria por tunisianos.

Uma das principais promessas deste Mundial, a equipe dinamarquesa tinha dois adversários: a Tunísia em campo e a barulhenta torcida nas arquibancadas - que torcia em peso para os tunisianos. Diante de uma atmosfera incrível, os primeiros minutos foram de muito estudo dos dois lados.

A primeira chance de gol foi da Tunísia, aos 11 minutos. O lateral-direito Dräger recebeu bom passe na entrada da área, armou o chute e bateu. A bola desviou na defesa e matou o goleiro Schmeichel - que pôde apenas observar a finalização sair à direita do gol rente à trave.

Contrariando as expectativas, era a Tunísia que tinha mais posse de bola. A Dinamarca não conseguia aumentar seu volume de jogo mas esbarrava na boa marcação tunisiana - que caprichava ao recuperar os lances e sair em velocidade para o ataque.

A rede balançou pela primeira vez na partida aos 22 minutos. Em lançamento longo de Dräger, Jebali saiu na cara do gol e deslocou Schmeichel para marcar - mas o bandeirinha assinalou impedimento, confirmado posteriormente pelo VAR.

A tática da Tunísia era subir as linhas e pressionar bastante a saída de bola, forçando erros de passe da Dinamarca. No entanto, consequentemente, deixava espaços atrás quando os dinamarqueses acertavam as primeiras triangulações.

Ainda que pouco criativa, a Dinamarca conseguiu reequilibrar e até ultrapassou a Tunísia na posse de bola - depois de ter ficado com cerca de 40% na meia hora inicial. A qualidade dos passes também melhorou dos dois lados, com bonitas tabelas e aproximações, mas sem chances claras.

A melhor chance aconteceu aos 42 minutos, novamente com a Tunísia. Após chute cruzado e bloqueado de Dräger, a bola sobrou nos pés de Jebali, na cara do gol. O atacante tentou um toque de categoria e parou em grande defesa de Schmeichel, que espalmou no reflexo para escanteio.

O primeiro tempo chegou ao fim para um jogo morno, apesar da qualidade técnica. As duas equipes foram conservadoras e deixaram os riscos maiores para os 45 minutos finais. O fato é que o franco favoritismo da Dinamarca, até então, não se confirmava.

Segundo tempo

Quem esperava uma melhor apresentação da Dinamarca no início da etapa complementar foi surpreendido novamente. Foi a Tunísia quem acelerou o ritmo e voltou a pressionar assim como na primeira metade dos 45 minutos iniciais.

Depois de 10 minutos de pressão, foram os dinamarqueses que balançaram as redes - mas o gol também foi anulado. No bate-rebate dentro da área, a bola sobrou para Olsen, que empurrou para o gol. Mas, na origem da jogada, Damsgaard estava em posição de impedimento.

A chance, no entanto, voltou a inflamar a Dinamarca - que controlou a posse de bola e tentou subir as linhas para se aproximar mais do último terço. Faltava, ainda, o capricho no último passe para criar mais chances de perigo à baliza defendida por Dahmen.

Com o clima de festa permanente nas arquibancadas, os tunisianos gritavam "olé" enquanto sua equipe trocava passes na intermediária defensiva. O jogo seguia sem grandes emoções, mas os torcedores seguiam fazendo barulho do lado de fora do campo.

Aos 23, Eriksen criou boa chance para a Dinamarca em jogada individual. Ele recebeu na intermediária e avançou até a entrada da área, finalizando de perna esquerda com uma bomba à meia altura - obrigando o goleiro Dahmen a espalmar para escanteio.

Na cobrança do próprio Eriksen, Christensen escorou para o meio no segundo pau e Cornelius, frente a frente com o gol, se arremessou ao chão e cabeceou mascado, carimbando a trave esquerda do gol tunisiano.

O ritmo do duelo voltou a cair, com as duas seleções ainda buscando sua melhor forma a 10 minutos do apito final. Os dois técnicos experimentaram substituições, mas não conseguiram alterar o panorama estático estabelecido em campo.

A última chance clara de gol aconteceu já nos acréscimos, aos 47 do segundo tempo. Lindström arriscou de longe com um chute traiçoeiro e cheio de efeito, obrigando o goleiro Dahmen a fazer ótima defesa para evitar a derrota da Tunísia.

Com o resultado, as duas equipes somam um ponto na tabela do Grupo D - deixando o caminho aberto para França ou Austrália assumirem a liderança no jogo desta terça, às 16h. A segunda rodada da chave acontece no próximo sábado (26).

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