Combate

CBF planeja punir casos de racismo com perda de pontos

Seminário da entidade sobre racismo debate temas nesta quarta

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, quer mudança no combate ao racismo
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, quer mudança no combate ao racismo |  Foto: Lucas Figueiredo/CBF
 

Uma importante e pioneira mudança pode acontecer na Confederação Brasileira de Futebol a partir de 2023. O presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, prometeu levar adiante a ideia de punir clubes com perda de pontos nas competições oficiais em caso de racismo nos estádios do Brasil.

Este e outros temas serão debatidos no Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, que acontece nesta quarta-feira (24). O evento contará com presenças ilustres, como o cantor e compositor Gilberto Gil, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

"O evento é um marco para o início de uma série de iniciativas que vão discutir de uma forma mais profunda o combate ao racismo e à violência no futebol. É um gesto histórico para dar um basta contra o racismo e a ignorância no futebol. Além do evento, vamos fazer uma série de ações nos estádios nesta semana para conscientizar o torcedor. Chega de discriminação", disse Ednaldo Rodrigues.

A intenção do presidente da CBF é fazer valer a nova regra já a partir de 2023. Ela será levada ao Conselho Técnico - mesmo órgão que que vetou a venda de mando de campos por parte dos clubes e que aprovou (e depois derrubou) a criação de um limite para a troca de técnicos por temporada.

Nas competições nacionais e sul-americanas, foram registrados 31 casos de racismo em 2020 e 64 em 2021. As cenas têm sido cada vez mais frequentes em estádios, principalmente com atletas brasileiros em países vizinhos no continente. Representantes da Fifa também devem comparecer ao Seminário.

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