No confronto azul e amarelo das oitavas de final, nesta terça-feira (29), no Hampden Park, na Escócia, a Ucrânia superou a Suécia com um gol no último lance da prorrogação, fazendo 2 a 1 e obtendo a classificação às quartas de final pela terceira vez na historia da Seleção ucraniana, entrando no caminho da Inglaterra.
O primeiro tempo foi marcado pela igualdade. Não só no placar, que chegou ao fim dos primeiros 45 minutos marcando 1 a 1, mas também na posse de bola, praticamente 50% a 50%, no número de finalizações certas, sendo duas pra cada lado, e até na quantidade de passes trocados por cada seleção, sendo 231 para a Suécia e 235 para a Ucrânia.
Os ucranianos saíram na frente em bela trama ofensiva aos 26. Shaparenko recebeu na ala esquerda e cruzou por cima para o segundo pau. A bola chegou para Yarmolenko que dominou, levantou a cabeça e fez linda virada de jogo, de trivela, em passe teleguiado para Zinchenko, que chegou batendo forte e vencendo a barreira de defensores para encontrar a rede.
O empate veio aos 42. Isak dominou pelo meio e rolou para Forsberg, à esquerda da área. Ele avançou em velocidade e superou a marcação e chutou de fora da área, desviando na perna de Zabarnyi e enganando o goleiro Bushchan. Muita vibração do camisa 10 sueco ao marcar seu quarto gol na Eurocopa - a um tento do artilheiro e já eliminado, Cristiano Ronaldo.
Segundo tempo
A igualdade seguiu durante a segunda etapa. Nos primeiros 10 minutos, uma bola na trave para cada lado. Primeiro, Karavaev avançou e deixou com Yarmolenko, que rolou para Sydorchuk chegar batendo da entrada da área e carimbar a trave esquerda de Olsen. Logo em seguida, Isak dispara da intermediária até a área adversária, toca para Forsberg, sempre ele, chutar colocado e acertar caprichosamente o pé da trave esquerda de Bushchan.
A partir dos 20 minutos, a Suécia passou a ter mais posse de bola, abrindo 56% a 44%, e a se manter no campo de ataque. Aos 23, mais uma bola na trave. Em mais uma linda jogada individual de Forsberg, ele avançou pela esquerda, cortou para dentro, passou por dois adversários e soltou uma bomba - que explodiu no travessão e assustou a Ucrânia.
Já nos últimos dez minutos, as equipes diminuíram o ritmo e evitaram se expor demais em campo, já poupando forças para uma provável prorrogação de meia hora. Em um jogo parelho e movimentado, evitar riscos também faz parte da estratégia em busca de uma vaga nas quartas de final. E assim foi até os 47, quando o árbitro encerrou a partida.
Prorrogação
Os primeiros 15 minutos de prorrogação tiveram muitas substituições, nenhuma chance clara de gol e uma expulsão. O zagueiro Danielsson, da Suécia, foi expulso por recomendação do VAR após entrada criminosa sobre o meia Besedin - que acabou substituído devido à gravidade da falta. O árbitro italiano Daniele Orsato havia dado apenas amarelo, mas mudou de ideia após rever o lance no árbitro de vídeo.
Na segunda etapa, com as equipes já desgastadas e desconfiguradas, faltou inspiração e coragem para arriscar nos minutos finais. Parecia quase um acordo pela decisão por pênaltis, já que os dois lados concentravam suas forças em não deixar espaços na defesa e manter a posse de bola longe de qualquer risco.
Mas a Ucrânia preferiu 'derespeitar' o trato. No último lance da prorrogação, em cruzamento quase despretensioso de Zinchenko, Dovbyk se meteu no meio de dois zagueiros e cabeceou para o gol. Na raça, com um a mais, os ucranianos conseguiram confirmar a vaga nas quartas de final e vai encarar a Inglaterra, no próximo sábado (3), no Estádio Olímpico de Roma, na Itália.
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