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Inglaterra bate Dinamarca e chega à sua primeira final de Eurocopa

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Vibração no Wembley com a vaga na grande final da Euro. Foto: Reprodução

O futebol está voltando para casa! É o que dizem os ingleses, inventores do esporte bretão, que nesta quarta-feira (7) derrotaram a Dinamarca por 2 a 1, no Wembley, em Londres, e se classificaram pela primeira vez a uma final de Eurocopa. Este pode ser o primeiro título da Inglaterra desde 1966, quando venceu a Copa do Mundo.

A Seleção Inglesa caiu duas vezes nas semifinais; em 1968, ao perderem por 1 a 0 para a Iugoslávia, e em 1996, ao caírem nos pênaltis para a Alemanha. Hoje técnico da Inglaterra, Gareth Southgate perdeu o pênalti responsável por eliminar seu país diante dos alemães - e, agora, 25 anos depois, carregou sua bandeira pela primeira vez até a grande decisão contra a Itália, no próximo domingo, às 16h, também no Wembley.

O jogo

O panorama da partida não começou conforme o esperado. Quem contava em ver uma forte pressão da Inglaterra, empurrada pela torcida nas arquibancadas, imprimindo um ritmo intenso, se decepcionou. Os ingleses até teve mais posse de bola na primeira etapa e criou algumas oportunidades, mas foi a Dinamarca quem ofereceu mais perigo nos primeiros 45 minutos.

Foi puxando contra-ataques e, principalmente, apertando a saída de bola adversária, que a equipe treinada por Kasper Hjulmand mostrou que não está na semifinal por acaso. Com três roubadas de bola praticamente seguidas no último terço do campo, os dinamarqueses criaram os primeiros lances de perigo - e também abriram o placar, aos 29, em linda cobrança de falta de Damsgaard. A superioridade virou vantagem no placar.

Ainda que assustada, a Inglaterra enxergou a necessidade de acelerar o ritmo. Sempre perigoso no jogo aéreo, foi em dois cruzamentos que o time de Gareth Southgate igualou as forças. Aos 37, Saka lançou em profundidade para Kane, que mandou rasteiro para a área. Sterling, de frente para o gol, finalizou em cima do goleiro Schmeichel. No lance seguinte, aos 38, em lance praticamente idêntico, foi a vez de Kane lançar Saka. O veloz ponta repetiu o cruzamento por baixo - mas, antes de Sterling finalizar, o zaguero Kjaer tentou cortar e mandou para o gol. Empate e festa no Wembley.

E assim acabou o primeiro tempo: um jogo não tão intenso quanto a outra semifinal, mas igualmente disputado. Com quatro finalizações para cada lado, as seleções se equivaleram em chances claras - mas os ingleses acabaram registrando 60% de posse de bola, além de 12 cruzamentos contra apenas dois. Bem mais que os números, ficou para a segunda etapa a briga pela última vaga na grande final da Eurocopa.

Segundo tempo

O duelo inicial da etapa complementar foi entre os goleiros. Aos 6, Pickford caiu no cantinho para defender ótimo chute de Dolberg. Pouco tempo depois, aos 9, Maguire subiu mais que toda a zaga da Dinamarca e cabeceou no ângulo, mas Schmeichel voou para espalmar e evitar a virada. Embora ainda cautelosas, as equipes voltaram mais objetivas do intervalo.

Sem conseguir furar o forte bloqueio da Dinamarca na região central do campo com infiltrações e tabelas, em uma atuação apagada da joia Mount, a Inglaterra seguia mais perigosa pelas pontas, com Saka e Sterling. Já nos últimos 15 minutos de jogo, Southgate optou por substituir Saka, exausto após correr durante todo o jogo, por Grealish - buscando mais visão de jogo e armação de jogadas.

A Dinamarca jogou muito pouco na segunda metade dos últimos 45 minutos do tempo regulamentar, limitando-se a marcar com muita eficiência. Aparentando cansaço, a equipe pouco pisava no campo de ataque - mas aguardava a oportunidade ideal para investir suas últimas energias em um contra-ataque que evitasse a prorrogação e colocasse os Reds na finalíssima.

Nos últimos minutos, foi a Inglaterra quem emplacou uma blitz. Ainda com muita velocidade pelos lados, os ingleses rondaram a área e finalizaram com perigo em duas ou três oportunidades, mas sem exigir intervenções importantes de Schmeichel. O clima no Wembley deixou de ser de festa e passou a ser de tensão. Os ingleses já haviam ido longe demais para perder a vaga na final de novo - como em 1968 e 1996.

Prorrogação

A emoção foi retomada logo no início do tempo extra. Harry Kane foi lançado pela direita, invadiu a área e chutou cruzado para mais uma grande defesa de Schmeichel. A pressão continuou ininterrupta até os 10 minutos, com a Dinamarca esmagada dentro de sua própria área, contando com grandes defesas de seu goleiro e também com a má pontaria inglesa. Foram pelo menos quatro finalizações no primeiro terço da prorrogação.

Até que, aos 11 minutos, Sterling invadiu a área em disparada e caiu na área. O juiz assinalou pênalti enquanto o Wembley balançava de alegria. Embora tenha sido confirmado pelo árbitro de vídeo, o lance gerou polêmica. Os dinamarqueses reclamaram muito. Na cobrança, Kane bateu no canto e Schmeichel saltou para defender de novo - mas, no rebote, o próprio camisa 9 empurrou para o gol.

No intervalo, muita festa na arquibancada. Faltavam apenas 15 minutos para a inédita classificação à final da Eurocopa. Eufóricos e aliviados, os ingleses, grande maioria entre os 65 mil presentes, entoavam seus tradicionais cânticos e seguiam fazendo o Wembley tremer. Os dinamarqueses, quietos e quase conformados, sonhavam com um milagre no pouco tempo de jogo ainda restante.

A Dinamarca, então, tentou subir suas linhas para pressionar em busca do empate. A Inglaterra, por sua vez, recuou para segurar a vantagem no placar. Southgate trocou Grealish, que havia entrado durante a segunda etapa, por Trippier, lateral-direito, visando fortalecer ainda mais seu sistema defensivo. Stering, incansável e melhor jogador da Euro até então, seguia puxando contra-ataques para desafogar a pressão.

O único susto aconteceu aos 9 minutos, quando Braithwaite recebeu na entrada da área, girou sobre a marcação e chutou rasteiro, passando perto da trave direita de Pickford - mero espectador do confronto durante bastante tempo. Nem mesmo a boa chance foi capaz de empolgar os dinamarqueses, aparentemente sem forças.

Nos últimos 5 minutos, a Inglaterra se limitou a trocar passes no campo de ataque, valorizando cada segundo e aproveitando-se do cansaço do adversário. Pregada em campo, a Dinamarca sequer tinha forças para pressionar e tentar a recuperação da posse. Os torcedores gritavam 'olé' a cada toque inglês e se emocionavam ao passo que o apito final se aproximava.

Não houve como evitar. Todos os méritos para a Dinamarca, que superou todas as expectativas e lutaram até o fim após perder seu principal jogador em um grave acidente em campo. Lutaram por ele e, certamente, deixaram toda a nação orgulhosa. Mas é a vez da Inglaterra. Em sua primeira final, encara uma Itália em processo de reinvenção e também sedenta por novas conquistas. A final da Eurocopa promete!

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