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Itália supera Bélgica em grande confronto entre o velho e o novo na Euro

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Lukaku perdeu uma das grandes chances da Bélgica. Foto: Reprodução

O tradicional contra o novo. O clássico contra o desafiador. O consagrado contra o emergente. O velho contra o novo. Assim pode ser visto o confronto entre os tetracampeões italianos e a grande geração belga, nesta sexta-feira (2), na Arena de Munique, pelas oitavas de final da Eurocopa. Melhor para a Itália, que venceu por 2 a 1 e ficou com a classificação às semifinais.

Embora seja uma das maiores seleções do planeta, a Itália segue em seu processo de reconstrução, com uma equipe renovada e uma tentativa de fugir um pouco do rótulo de time defensivo após ficar fora da Copa do Mundo de 2018. Com um futebol leve e dinâmico, a Azzurra é uma das principais surpresas da competição europeia, liderada pelos experientes Bonucci e Chiellini.

Do outro lado, o vistoso futebol belga, que consolida cada vez mais a chamada "geração de ouro". Com muita organização tática e bastante talento, a Bélgica reuniu algumas das principais peças de grandes ligas como Premier League (Inglaterra), La Liga (Espanha) e Serie A (Itália). O grande desafio era aumentar a competitividade e, consequentemente, sonhar com o primeiro grande título da Seleção.

O resultado, naturalmente, foi um grande jogo. A Itália começou pressionando e chegou a marcar logo aos 12 minutos, mas o árbitro de vídeo acabou anulando o gol de Bonucci por impedimento. A resposta veio em seguida, com o goleiro Donnarumma fazendo duas grandes defesas em finalizações de De Bruyne e Lukaku, aos 21 e 25 minutos, respectivamente.

O primeiro gol do jogo veio aos 30 minutos. Vertonghen dividiu com Immobile na área, venceu a disputa e saiu jogando, mas acabu errando o passe na entrada da área. Os italianos não perdoaram o vacilo; Verratti roubou a posse e deu para Barella, que passou entre três defensores e chutou cruzado, com força, sem chances para Courtois.

O 1 a 0 no placar esfriou um pouco os ânimos da partida. A Itália diminuiu o ritmo para administrar o resultado, enquanto a Bélgica sentiu o erro e acabou perdendo um pouco do ímpeto. Mas foi a Azzurra que acabou explorando melhor o vácuo entre o primeiro gol e o intervalo.

Aos 40, Chiesa arriscou de longe e tirou tinta da trave esquerda de Courtois. Logo na sequência, aos 43, Insigne avançou sem marcação na intermediária e bateu colocado, com muita categoria, para acertar a gaveta esquerda da meta belga.

Quando todos já aguardavam um resto de jogo tranquilo para os italianos, a Bélgica deu um suspiro de esperança quando Doku foi derrubado na área por Di Lorenzo. Pênalti para os Diabos Vermelhos. Na cobrança, Lukaku mostrou frieza e bateu seco, no meio do gol, quando Donnarumma saltou para o canto. No placar, o 2 a 1 confirmou a expectativa por um grande jogo e deixou em aberto a disputa para a segunda etapa.

Segundo tempo

Surpreendendo, a Itália voltou para a etapa complementar sem recuar. Pelo contrário - a Azzurra adotou a marcação-pressão e o estilo ofensivo para tentar liquidar a fatura o quanto antes. Com as linhas muito altas, os italianos ocupavam o campo ofensivo com cinco jogadores na marcação, forçando a Bélgica a errar e sem dar espaço para os qualificados volantes belgas trabalharem na saída de bola e na criação de jogadas.

Por outro lado, a Bélgica ganhava mais campo para explorar os contragolpes. Ao atrair a Itália para o seu campo, os Diabos Vermelhos exploravam a velocidade de seus pontas para aproveitar os espaços deixados pela linha alta adversária. Em uma destas arrancadas, Doku fez ótima jogada pela esquerda e lançou no ponto futuro para De Bruyne; ele cruzou rasteiro e a bola atravessou toda a área, encontrando Lukaku no segundo pau. O centroavante se esticou todo e conseguiu tocar, mas Di Lorenzo salvou quase em cima da linha.

O lance incendiou a Bélgica, que ensaiou uma pressão. Chadli invadiu a área pela esquerda e cruzou; a bola subiu, Lukaku não conseguiu alcançar de cabeça e Mertens passou da bola. O meia ainda tentou acertar uma chaleira, mas acabou mandando a bola para trás. A 20 minutos do fim, os belgas perseguiam pelo menos um gol para levar o eletrizante confronto para a prorrogação.

As pernas começaram a pesar e a Itália passou a usar a boa e velha cera a seu favor. Spinazolla caiu lesionado aos 29 minutos e só foi substituído aos 34, esfriando a partida e segurando o desespero dos belgas. A partida ficou picotada, entre substuições e muitas faltas, o que favoreceu ainda mais a equipe de Roberto Mancini.

Aos 38, Doku fez excelente jogada e enfileirou adversários cortando de fora para dentro, até chegar na meia lua da grande área. Ele chutou forte, pelo alto, e assustou os italianos - arrancando um urro das arquibancadas. A medida que o apito final se aproximava, crescia a tensão dentro e fora de campo. A Bélgica pressionava e a Itália segurava como podia.

A Bélgica lutou até o fim, mas não conseguiu o empate. Melhor para a Itália e sua luta pela reinvenção. Para quem ficou de fora da última Copa do Mundo, o processo está mais rápido do que o esperado. Além de uma das quatro melhores seleções da Europa, a Azzurra chega forte para a Copa do Catar, em 2022. Com uma equipe renovada, jovem, dinâmica, leve e talentosa, os italianos voltam a poder sonhar com o pentacampeonato.

O adversário da Itália será a Espanha, que, também nesta sexta, eliminou a Suíça, nos pênaltis. O confronto acontece na próxima terça-feira (6), no Wembley, em Londres.

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