Investigado

Jogador do Santos recebeu ameaça de apostadores; veja prints

Bauermann foi afastado do clube por envolvimento em apostas

Eduardo Bauermann teria recebido R$ 50 mil para levar um cartão amarelo durante partida contra o Avaí, pelo Brasileirão de 2022
Eduardo Bauermann teria recebido R$ 50 mil para levar um cartão amarelo durante partida contra o Avaí, pelo Brasileirão de 2022 |  Foto: Raul Baretta/Santos FC
  

O Ministério Público de Goiás, desde fevereiro deste ano, vem apurando detalhes de um esquema de manipulação em partidas do futebol brasileiro, tanto na Série A quanto na Série B e em Estaduais. No total, cerca de 20 jogos estão na mira das investigações e um dos jogadores investigados pelas autoridades é o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, que teve conversa com um apostador exposta pela revista ''Veja'', na noite da última segunda-feira (8).

Na ocasião, antes do jogo entre Santos e Avaí, válido pelo Campeonato Brasileiro do ano passado, Bauermann foi assediado para tomar um cartão amarelo durante a partida, o que não ocorreu. Na partida seguinte, contra o Botafogo, o acordo seria para receber vermelho, e o zagueiro cumpriu a promessa, mas acabou expulso com o jogo já encerrado, o que não conta para algumas casas de aposta.

Leia +: Série A sob investigação por suspeita de manipulação de resultados 

No mês de abril, já investigado por suspeita de envolvimento no esquema de manipulação, o zagueiro teve seu celular recolhido. Confira abaixo prints da conversa entre Bauermann e um dos membros da quadrilha de apostadores:

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Bauermann afastado do Santos

Devido a toda repercussão e a exposição do caso, o Santos emitiu uma nota no início da tarde desta terça-feira (9) informando o afastamento do jogador, que está envolvido na 'Operação Penalidade Máxima', do Ministério Público de Goiás. Anteriormente, o jogador alegava ser inocente e o clube confiou em sua versão.

"O Santos Futebol Clube informa que o atleta Eduardo Bauermann foi comunicado que está afastado preventivamente dos treinos com o elenco profissional, a partir desta terça-feira (9), diante dos novos desdobramentos divulgados na Operação Penalidade Máxima 2, do Ministério Público de Goiás.

O jogador permanecerá fazendo atividades físicas no CT Rei Pelé. O Clube aguardará se a Justiça aceitará a denúncia para definir novas ações, sempre com o pensamento voltado a preservar a instituição.

O Santos FC não tolera desvios de conduta e de ética.", disse a nota.

Operação Penalidade Máxima

As investigações foram iniciadas após o volante Romário, do Vila Nova-GO, concordar em cometer um pênalti no jogo contra o Sport pelo Campeonato Brasileiro da Série B em troca de uma oferta de R$ 150 mil, no ano passado. Na ocasião, Romário recebeu um adiantamento de R$ 10 mil e os R$ 140 mil restantes seriam pagos após a partida. Como ele não foi escalado, tentou persuadir seus colegas de time, mas não obteve sucesso.

A história foi divulgada e o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, que é policial militar, conduziu a investigação e entregou as evidências ao Ministério Público de Goiás. A primeira denúncia, feita em fevereiro, afirmava que havia três jogos suspeitos na Série B de 2022.

Durante a investigação, oito jogadores de diferentes clubes foram denunciados pelo Ministério Público e viraram réus por participarem do suposto esquema. São eles: Romário (ex-Vila Nova), Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).

Os jogadores em questão estariam envolvidos no esquema de cometer pênaltis no primeiro tempo dos jogos Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina.

Já na Série A, os jogos que estão sendo investigados são: Santos 1 x 1 Avaí, Red Bull Bragantino 1 x 4 América, Goiás 1 x 0 Juventude, Cuiabá 1 x 1 Palmeiras, Botafogo 3 x 0 Santos, Palmeiras 2 x 1 Juventude.

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