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São Silvestre: com vitórias entre cadeirantes, brasileiros marcam presença nos pódios

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|  Foto: Foto Reprodução
Danielzinho ficou em segundo lugar na São Silvestre. Foto: Reprodução

A manhã desta sexta-feira (31) foi marcada pela 96ª edição da tradicional Corrida Internacional de São Silvestre, prova realizada em São Paulo. Com limitação para 20 mil inscritos, o evento contou com três largadas diferentes: cadeirantes, elite feminina e elite masculina.

Cadeirantes

Os brasileiros mantiveram a hegemonia na categoria cadeirante da São Silvestre. Nesta sexta-feira, na 96ª edição da corrida, Leonardo de Melo e Josiani Novak foram os primeiros a atravessar a linha de chegada. Os competidores fazem o mesmo trajeto de 15 km, terminando em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero, na Avenida Paulista.

Leonardo veio de Presidente Prudente e terminou o ano com chave de ouro. O participante, que ficou dois anos parado apenas treinando, exaltou o resultado conquistado.

"É muito gratificante. Fiquei dois sem competir. Encerrar o ano com a São Silvestre é uma questão de honra. Estou muito grato, agora é começar 2022 com foco total", disse, em entrevista à Gazeta Esportiva.

Josiane, por sua vez, ganhou a prova em sua primeira participação. Emocionada, a atleta brincou com a 'temida Brigadeiro'.

“Eu estava muito ansiosa. Queria ter participado no ano passado, mas infelizmente não teve. Na hora que você chega na Brigadeiro e veê que falta a temida subida, é motivo de felicidade. Estou muito feliz", declarou.

Na edição de 2019, Vanessa Cristina conquistou o tricampeonato da prova e ainda melhorou o tempo recorde, que já era seu. Outro brasileiro foi Josenilton, que se superou após uma São Silvestre de 2018 um pouco frustrante e obteve o lugar mais alto do pódio.

Elite Feminina

Campeã em 2018, a queniana Sandrafelis Tuei repetiu o feito nesta sexta e foi a grande vencedora da 96ª edição da São Silvestre. O bi veio com muita tranquilidade, já que a corredora abriu grande vantagem na liderança a partir da metade da prova, cravando o tempo de 50'06. A segunda colocação ficou com a etíope Yenenesh Dinkesa, enquanto a brasileira Jenifer do Nascimento ocupou a terceira posição.

As brasileiras Valdinele dos Santos Silva e Francieli dos Santos Moura também foram grandes destaques, terminando na quarta e quinta colocação, respectivamente.

A corrida desta sexta marcou o retorno da São Silvestre, já que a prova de rua mais tradicional da América Latina não foi realizada em 2020 devido ao estado crítico da pandemia. Nesta edição, foram adotados protocolos anticovid, como a recomendação do uso de máscaras na largada e na chegada e o limite de 20 mil inscritos.

A prova foi inicialmente disputada passo a passo por Sandrafelis e por Yenenesh, que abriram grande distância para o restante das corredoras dez minutos após a largada. No entanto, apenas a queniana manteve o ritmo a partir da metade da corrida, deixando a etíope para trás.

Elite Masculina

Belay Bezabh manteve a hegemonia africana na Corrida Internacional de São Silvestre. Nesta sexta, o etíope adotou um ritmo bastante intenso para deixar para trás todos os seus concorrentes e se sagrar bicampeão da maior prova de rua da América Latina, repetindo o roteiro de 2018, quando venceu pela primeira vez.

Belay Bezabh dividiu os últimos metros da prova com Daniel Ferreira. O brasileiro esteve lado a lado com o etíope até a Av. Brigadeiro Luis Antônio, quando acabou perdendo gás e vendo as chances de colocar seu país no lugar mais alto do pódio irem por água abaixo. Todavia, o atleta conseguiu cruzar a linha de chegada na segunda colocação.

O boliviano Hector Flores, em terceiro, o queniano Elisha Rotich, em quarto, e o brasileiro José da Silva, em quinto, fecharam o pódio.

O bom desempenho de Daniel Ferreira na 96ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre tem influência da preparação que o atleta fez no Quênia. No país africano, o brasileiro treinou com os melhores fundistas do mundo e pôde adquirir um pouco da experiência e técnica dos principais corredores do mundo.

Logo nos primeiros quilômetros, Daniel assumiu a frente do pelotão e manteve um ritmo intenso desde o fim da Av. Paulista até a Av. Pacaembu. Mas, diferentemente da prova feminina, na masculina os corredores competiram de forma mais agrupada, sem deixar seus rivais abrirem uma distância considerável.

Daniel e Belay Bezabh só conseguiram se distanciar do restante do pelotão na segunda metade da prova. A partir daí, a disputa se concentrou entre o brasileiro e o etíope, mas, nos metros finais, prevaleceu a força do estrangeiro.

Gazeta Esportiva

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