Coletiva

'Terei a melhor matéria-prima', diz Diniz na apresentação à Seleção

Treinador conciliará trabalho no Fluminense e Brasil

Diniz foi apresentado oficialmente na tarde desta quarta-feira (5)
Diniz foi apresentado oficialmente na tarde desta quarta-feira (5) |  Foto: Rodrigo Ferreira/CBF
 

Fernando Diniz foi apresentado oficialmente como novo técnico interino da Seleção Brasileira, na tarde desta quarta-feira (5), na sede da CBF, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O treinador comandará o Brasil por um ano, até a chegada em definitivo do italiano Carlo Ancelotti, que está no Real Madrid.

Durante a coletiva, Diniz conversou com a imprensa e detalhou como será o seu trabalho à frente da Seleção durante esse período. O anúncio pegou a maioria de surpresa, principalmente os torcedores do Fluminense, já que o treinador conciliará o comando no Tricolor e no Brasil.

Leia +: CBF define quem será o novo técnico interino da Seleção; saiba

"Dizer que é uma mistura de alegria e honra poder estar aqui. Ser escolhido e convocado para esta missão de treinar a Seleção Brasileira. É um sonho que se realiza. Eu pretendo, como fiz em todos os lugares, a servir bem o futebol na Seleção", começou dizendo Diniz.

Durante toda a coletiva, Diniz se mostrou muito feliz e grato pela oportunidade de comandar a seleção mais campeã da história do futebol. O novo técnico interino contou como foi todo o processo de negociação e como lidou com a proposta da Seleção.

"Foram dias de alegria e ansiedade. O presidente procurou o Mário (Bittencourt). Foi um gesto respeitoso em relação ao Fluminense. O Mário me perguntou sobre o interesse da CBF. Eu fiquei muito honrado de ser o escolhido", disse.

Outros tópicos da entrevista

Convocação por mérito ou maner a base até a chegada de Ancelotti?

"Minha ideia é convocar os melhores jogadores para ganhar o próximo jogo. Obviamente que você pode, nesse processo, convocar jogadores para preparar e sentir o ambiente da Seleção. Mas para mim é convocar o que tem de melhor. Se tiver espaço para trazer alguns jogadores para ir ambientando, pode ser que isso aconteça. Eu vou ter a melhor matéria prima do mundo em minhas mãos".

Tem chances de continuar na Seleção ou em outra função na CBF após o contrato?

Eu não sou uma pessoa de fazer muita projeção de futuro. Quero cumprir este prazo de 12 meses e olhar um dia de cada vez.

Acha que ter pouco tempo para treinar vai interferir no seu estilo de jogo?

"Eu acho que interfere, você ter menos tempo, mas as coisas básicas a gente consegue passar em pouco tempo o alicerce para difundirmos aos poucos a ideia. Com pouco tempo, não só no Fluminense, mas em outros clubes que trabalhei, já conseguimos colocar alguma coisa do nosso trabalho".

Houve a possibilidade de deixar o Fluminense para assumir a Seleção?

"Essa questão de ser exclusivo da CBF nunca foi mencionada. Eu jamais sairia do Fluminense neste momento para assumir a CBF. Por mais que seja um sonho, teria que adiar. A gente ponderou muitas coisas. Sou muito grato ao Fluminense e à torcida. Acredito que a maioria vai entender o que está acontecendo. Não será fácil, mas acredito que a decisão foi um grande acerto".

Acha que essa conciliação pode atrapalhar tanto no Flu quanto na Seleção?

"Eu vou me dedicar 100% onde estiver. Quando estiver no Fluminense, dedicação total. Quando estiver trabalhando na Seleção, principalmente nas Datas Fifas, vou me dedicar totalmente. Obviamente pode acontecer no meio do caminho ter que fazer um ajuste ou outro. Mas a dedicação será máxima nas duas funções".

< Mulher que sumiu com os filhos é encontrada em abrigo de Niterói Jovem desaparecida no Rio vai à DP e afirma que fugiu de casa <