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Valente, Brasil empata com Holanda em jogo de seis gols

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|  Foto: Mais Notícias
Brasil lutou e foi melhor que a Holanda em campo. Foto: Sam Robles/CBF

A Seleção Brasileira feminina mostrou grande poder de recuperação no empate por 3 a 3 com a Holanda, no Estádio Myiagi, pela segunda rodada da fase de grupos, na manhã deste sábado (24). Após ficarem atrás do marcador por duas vezes, as guerreiras chegaram a virar o placar - mas sofreram um bonito gol de falta já perto do fim.

Mal deu tempo de pegar o café e sentar no sofá. Logo aos 2 minutos de jogo, a centroavante Miedema, maior artilheira da historia da seleção holandesa, recebeu a bola na entrada da área e girou bonito em cima de Érika antes de colocar no cantinho esquerdo de Bárbara. Um golaço - e um baque para as brasileiras, que ainda não haviam sofrido gols nas Olimpíadas.

No entanto, nossas guerreiras não se abalaram e logo partiram para o ataque para recuperar o prejuízo. Aos 6, a árbitra australiana Kate Jacewicz assinalou pênalti para o Brasil em bola que resvalou no braço de uma defensora após cobrança de escanteio. No entanto, após análise do árbitro de vídeo, a infração foi anulada devido a um impedimento no ataque brasileiro anterior à penalidade.

As comandadas de Pia Sundhage continuaram na luta pelo empate. E conseguiram aos 15, quando Debinha tabelou com Duda e recebeu dentro da área para finalizar. O primeiro chute foi rebatido pela defesa, mas, no rebote, a baixinha camisa 9 pegou a sobra para deslocar a goleira Van Veenendaal e igualar o placar. Muita vibração em campo e também por todo o Brasil.

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A Seleção não se contentou com o empate e continuou povoando o campo de ataque em busca da virada. Por outro lado, as holandesas eram perigosas nos contra-ataques, principalmente nos lances pelas laterais. Vale lembrar que as adversárias marcaram nada menos que 10 gols na partida de estreia, contra a equipe de Zâmbia, na última quarta-feira (21), no triunfo por 10 a 3.

Com mais posse de bola, as brazucas seguiam rondando a área da Holanda e assustando em escanteios e cruzamentos, mas sem conseguir furar o bloqueio e criar boas chances pelo chão. Aos 45, Debinha, que estava em todas as partes do campo, recebeu na intermediária e decidiu arriscar de longe - mas a finalização saiu torta, direto pela linha de fundo.

A última chance antes do intervalo também foi do Brasil. Aos 49, em belo escanteio cobrado pela rainha Marta, Rafaelle infiltrou pelo meio da área, subiu mais que toda a zaga adversária e cabeceou firme para o chão. A bola saiu à esquerda, raspando a trave holandesa e arrancando um suspiro dos brasileiros. Após o susto do gol relâmpago sofrido, a Seleção se recuperou bem e dominou as ações, empatando o jogo e criando as principais oportunidades dos primeiros 45 minutos.

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Segundo tempo

Após falar em "necessidade de jogadoras com as pernas frescas", a técnica brasileira voltou para a segunda etapa com três alterações. Ludmilla, Andressa Alves e Angelina entraram nas vagas de Bia Zaneratto, Formiga e Duda. Em termos de características, o Brasil abriu mão da cadência no meio-campo para dar mais ainda velocidade no campo ofensivo.

O Brasil seguia melhor em campo, criando jogadas pelos flancos e roubando bolas no campo de ataque. Quando a virada parecia questão de tempo, Miedema, sempre ela, recebeu cruzamento no segundo pau e cabeceou para o gol, por trás da zaga, aos 13 minutos. A goleira Bárbara, tão importante em outros momentos, acabou falhando ao tentar espalmar a finalização, que foi no meio da baliza.

Mas as brasileiras não desistem nunca. Novamente, sem baixar a cabeça, foram buscar o empate em poucos minutos. Aos 18, Ludmila, em mais uma jogada de muita velocidade, driblou a zagueira e invadiu a área, sendo derrubada pela marcação. Após análise, o VAR confirmou a infração dentro da área. Na cobrança, Marta, com a calma e a categoria de sempre, apenas deslocou Van Veenendaal para igualar o placar novamente.

Sem deixar cair o ritmo, com muita intensidade, a Seleção virou o jogo em quatro minutos. Aos 22, Ludmila, grande nome da partida mesmo entrando apenas no intervalo, aproveitou o recuo errado de Nouwen e disparou para roubar a bola, driblando a goleira e mandando para a rede. Na comemoração, ela soltou o grito do fundo da alma, festejando a virada que já era merecida há muito tempo.

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A 15 minutos do fim, o Brasil recuou um pouco as linhas visando acalmar o jogo e amarrar o resultado, sempre explorando a velocidade de Ludmila e Debinha pelas pontas como desafogo. Cansada, Marta acabou substituída por Geyse, que foi centralizada na frente como jogadora-alvo dos contra-ataques brasileiros. A intenção era atrair a Holanda para o nosso campo, criando espaços para matar o jogo de forma reativa.

A estratégia, no entanto, acabou dando errado. Em cobrança de falta da intermediária, as holandesas chegaram ao empate aos 37. Dominique Janssen acertou um lindo chute na gaveta e deixou tudo igual de novo. A goleira Bárbara voou para tentar evitar, mas não conseguiu. Nem mesmo a técnica holandesa Sarina Wiegman acreditou no lance - sendo flagrada pelas câmeras com cara de espanto.

Os últimos minutos foram mornos, mas com mais posse de bola para a Holanda - que buscava espaços para tentar uma nova virada no placar. Como má notícia para os países baixos, a artilheira historica Miedema acabou substituída com dores e preocupa para a sequência da competição. A centroavante de 75 gols deixou o campo caminhando, mas com cara de poucos amigos.

O empate deixou em aberto a briga pela liderança. Com quatro pontos cada e uma goleada aplicada na primeira rodada, Brasil e Holanda vão para última partida da fase de grupos para, muito provavelmente, disputar a primeira colocação no saldo de gols - já que China e Zâmbia empataram em 4 a 4, também neste sábado. Atualmente, as holandesas levam vantagem por dois gols.

A Seleção enfrenta a Zâmbia na próxima terça-feira (27), às 8h30, no Estádio Saitama. Já a Holanda encara a China no Estádio Internacional de Yokohama no mesmo horário.

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