Perigo

Após cinco anos de 'vape', jovem descobre que não vai passar dos 40

Dispositivo é usado por 2 milhões de pessoas

Karlee Ozkurt, de 20 anos, tinha o hábito de consumir cerca de 600 baforadas por dia
Karlee Ozkurt, de 20 anos, tinha o hábito de consumir cerca de 600 baforadas por dia |  Foto: Reprodução

A jovem Karlee Ozkurt, residente de Wisconsin, nos Estados Unidos, com apenas 20 anos, enfrenta um desafio sério de saúde após cinco anos de uso do cigarro eletrônico, conhecido como "vape". Os médicos alertaram que, devido ao estado de seus pulmões, sua expectativa de vida será reduzida, com previsão de viver apenas até os 40 anos.

Segundo Karlee, seu contato com o vape começou aos 15 anos, atraída pela ilusão de parecer "descolada". Entretanto, seu hábito de consumir cerca de 600 baforadas por dia causou danos graves aos seus pulmões. Em 2021, ela sofreu seu primeiro colapso pulmonar, uma condição séria, porém tratável.

No ano seguinte, ela enfrentou um segundo colapso. Seu estado foi tão crítico que foi necessário realizar uma cirurgia para "fundir" o pulmão direito à sua caixa torácica. Atualmente, Karlee está em processo de libertação desse vício que lhe tem causado tanto mal.

Riscos 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) faz um alerta para os riscos dos cigarros eletrônicos. A entidade sugere aos países que tratem esses dispositivos eletrônicos de fumar da mesma forma que o tabaco é tratado. Com adoção de medidas de controle e a proibição dos dispositivos com sabor.

Embora os cigarros eletrônicos sejam proibidos no Brasil desde 2009, cerca de 2,2 milhões de pessoas usam esses dispositivos para fumar, conforme pesquisa do Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec). A maior parte, jovens.

De acordo com a AMB, a maioria absoluta dos vapes contém nicotina – droga psicoativa responsável pela dependência e que, ao ser inalada, chega ao cérebro entre sete e 19 segundos, liberando substâncias químicas que trazem sensação imediata de prazer.

A entidade destaca que, no cigarro eletrônico, a nicotina se apresenta sob a forma líquida, com forte poder aditivo, ao lado de solventes (propilenoglicol ou glicerol), água, flavorizantes (cerca de 16 mil tipos), aromatizantes e substâncias destinadas a produzir um vapor mais suave, para facilitar a tragada e a absorção pelo trato respiratório. 

“Cada pod do cigarro eletrônico no formato de pen drive contêm 0,7 mililitro (ml) de e-líquido com nicotina, possibilitando 200 tragadas, similar, portanto, ao número de tragadas de um fumante de 20 cigarros convencionais. Ou seja, pode-se afirmar que vaporizar um pen drive equivale a fumar 20 cigarros (um maço)”, alertou a entidade.

Fonte: Agência Brasil

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