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Bolsonaro pede apoio internacional para questões climáticas

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|  Foto: Foto: Agência Brasil
Bolsonaro realizou a videoconferência no Palácio do Planalto. Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Messias Bolsonaro participou da 'Cúpula do Clima' - evento virtual organizado pelo governo dos Estados Unidos, que começou nesta quinta-feira (22) e vai até esta sexta (23) - e solicitou cooperação internacional para construção do futuro das nações em relação às questões climáticas. Bolsonaro afirmou que "a neutralidade climática será alcançada até 2050".

"Diante da magnitude dos obstáculos, inclusive os financeiros, é fundamental contar com a contribuição de países, empresas, entidades, e pessoas dispostas a ajudar de maneira imediata. Neste ano a comunidade internacional terá a oportunidade singular de cooperar com a construção de nosso futuro comum".

Jair Bolsonaro

Para a videconferência foram convidados 40 países. A cúpula antecede a 26ª Conferência sobre o Clima, a Cop26, a ser realizada em novembro em Glasgow, na Escócia. Um dos principais objetivos é impedir a elevação da temperatura média do planeta acima de 1,5 grau neste século.

O presidente do Brasil discutiu ainda algumas medidas necessárias para a neutralidade climática. Entre elas está a eliminação do desmatamento ilegal até 2030, com plena e pronta aplicação do Código Florestal. Dessa forma o presidente acredita que será reduzido em quase 50% as emissões de gases até essa data.

Outra medida deve ser a de comando e controle. "Determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados a ações de fiscalização", declarou o presidente.

Amazônia

Bolsonaro afirmou que "pretende melhorar a vida dos 23 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia, pois apesar da região ser uma das mais rica do país em recursos naturais, apresenta os piores índices de desenvolvimento urbano". O presidente informou que, nesse caso, a solução é um desenvolvimento sustentável da região, além de aprimorar a administração da terra e tornar realidade a bioeconomia, valorizando efetivamente a floresta e a biodiversidade.

Repercussão

As questões climáticas foram temas de discussão na última terça-feira (21) nas redes sociais. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegou a ser um dos assuntos mais comentados no Twitter, com a #ForaSalles e #FicaSalles, devido ao envio de um ofício assinado por 36 artistas brasileiros e internacionais ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O documento pede que Biden não feche qualquer acordo com o governo Bolsonaro antes que ocorra uma redução no desmatamento na Amazônia.

Alguns internautas declaram que discurso do presidente foi mentiroso. Confira:

https://twitter.com/southaferreira/status/1385244830377385985
https://twitter.com/MussumAlive/status/1385244810622156806
https://twitter.com/EduLCB/status/1385244990566195210

Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, prometeu cortar as emissões de gases de efeito estufa do país entre 50% e 52% até 2030, em comparação com os níveis de 2005. Com a nova meta, espera induzir outros grandes emissores a mostrarem mais ambição no combate à mudança climática.

China

O presidente da China, Xi Jinping, disse que o país começará a reduzir o consumo de carvão no período 2026-2030, como parte de seus esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa que causam o aquecimento do clima. A China pretende se tornar neutra em carbono até 2060.

Reino Unido

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou o compromisso do presidente dos Estados, Joe Biden, um divisor de águas.

"Estou realmente emocionado com o anúncio de mudança de jogo que Joe Biden fez", disse Johnson, elogiando Biden "por devolver os Estados Unidos à linha de frente da luta contra a mudança climática".

Nessa terça-feira (21), Johnson disse que a Grã-Bretanha cortaria as emissões de carbono em 78% até 2035, a meta mais ambiciosa de mudança climática do mundo, que colocará o país no caminho para a emissão neutra.

Organizações das Nações Unidas

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu que é preciso mobilizar as lideranças políticas para superar as mudanças climáticas e acabar com a guerra contra a natureza.

“A mãe natureza não está esperando. A última década foi a mais quente já registrada. Gases de efeito estufa perigosos estão em níveis nunca vistos em 3 milhões de anos. As temperaturas globais já subiram 1,2 grau Celsius, chegando a esse limiar da catástrofe”, disse, na cúpula, por videoconferência.

Ele ressaltou que o nível do mar está cada vez mais alto, as temperaturas estão escaldantes, há ciclones tropicais devastadores e incêndios florestais épicos. “Precisamos de um planeta verde, mas o mundo está em alerta vermelho. Estamos à beira do abismo, devemos dar o próximo passo”, ressaltou.

Para Guterres, os líderes mundiais devem construir uma coalizão global para emissões líquidas zero até meados do século, com envolvimento de “todos os países, todas as regiões, todas as cidades, todas as empresas e todos os setores”. “Todos os países, começando com os principais emissores, devem apresentar novas e mais ambiciosas medidas e contribuições para mitigação, adaptação e financiamento, definindo ações e políticas para os próximos 10 anos, alinhadas com as emissões líquidas zero até 2050. Precisamos traduzir esses compromissos em ação imediata concreta”, enfatizou.

Com informações da Agência Brasil

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