Balanço

Cerca de 1200 golpistas são detidos em acampamento em Brasília

Ministro Flávio Dino divulgou os números em entrevista coletiva

Flávio Dino é o atual ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil
Flávio Dino é o atual ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil |  Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
  

O Ministro da Justiça, Flávio Dino, concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (9) atualizando os dados dos atos antidemocráticos realizados em Brasília, onde vândalos invadiram o Congresso Nacional no último domingo (8) e grupos bolsonaristas formaram acampamento.

De acordo com o ministro, 209 pessoas foram presas em flagrante no domingo (8). Já nesta segunda (9), cerca de 1,2 mil pessoas foram detidas no acampamento em Brasília e estão sendo ouvidas.

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"No que se refere às instituições civis e militares, há noção da plena importância da manutenção da constituição e democracia. Golpistas e criminosos não tiveram êxito em seus intentos de ruptura da lei. Estamos tomando providências complementares para que esta tendência se mantenha", disse Flávio Dino.

Os golpistas ocuparam mais de 50 ônibus e foram levados para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. No início da tarde desta segunda, eles foram encaminhados para um ginásio, onde formaram uma longa fila e passam por triagem. 

"Chegamos a ter ontem (domingo) nove rodovias federais interditadas, a PRF agiu imediatamente, não houve resistência e as rodovias foram desobstruídas. A PRF efetuou a apreensão de 40 ônibus, alguns em deslocamento em saída de Brasília por estradas federais. Em um deles havia arma de fogo, o que mostra uma preparação para atos de violência", explicou o ministro.

Chegamos a ter ontem 9 rodovias federais interditadas, a PRF agiu imediatamente, não houve resistência e as rodovias foram desobstruídas disse, Flávio Dino
  

Ainda segundo Dino, há mandados de prisão em aberto contra pessoas que participaram também dos atos de vandalismo em Brasília no dia 12 de dezembro de 2022, data que marcou a diplomação do presidente Lula. "Não sei quantificar, passa de uma dezena", declarou.

Ele contou também que investigações estão sendo feitas para descobrir quem são os financiadores dos atos de vandalismo. "Não é possível ainda distinguir o financiamento, o que é possível dizer é que havia financiamento. Temos a relação de todos os contratantes dos ônibus e eles serão chamados. Todos os que contrataram ônibus e vieram para Brasília nesse período serão chamados", contou o ministro.

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