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Doações para refugiados da Venezuela

O estado do Rio tem hoje cerca de 1135 venezuelanos, entre refugiados e imigrantes. Durante todo o mês de setembro, o grupo estará mobilizado em arrecadar alimentos não perecíveis para ajudar os compatriotas expatriados que chegam a Roraima, na região norte do país. Somente no primeiro semestre deste ano, a Polícia Federal recebeu mais de 5 mil pedidos de refúgio devido à crise na Venezuela. Diversas ONGs estão envolvidas na ajuda humanitária aos refugiados oferecendo abrigo provisório e comida.

A campanha conta com seis pontos de coleta espalhados pela região. Em Niterói, os donativos podem ser entregues no Santuário das Almas. A igreja fica na Rua Álvares de Azevedo, 237, em Icaraí.

A crise

A Venezuela é uma das maiores produtoras de petróleo do mundo, e graças ao mercado em alta, conseguiu dar suporte a diversos programas sociais até 2013, durante o governo de Hugo Cháves, que morreu e deixou no poder seu vice, Nicolás Maduro. No ano seguinte, o preço do barril caiu para apenas U$50 e afetou em cheio a economia.

Sem recursos, o governo perdeu a capacidade de importar muitos itens de necessidade básica e reduziu os investimentos sociais. Em uma economia mais diversificada, o país não ficaria tão vulnerável à flutuação do preço do petróleo, que representava 96% das exportações do país.

Daí houve controle e congelamento de preços, desestimulando os investimentos da iniciativa privada, pois os produtos acabavam sendo vendidos a preços inferiores aos custos de produção.

A tensão entre governo e oposição praticamente paralisou o país. De um lado o governo prioriza a manutenção do poder e a oposição aproveita a crise para ganhos políticos. O objetivo do presidente Nicolás Maduro é alterar a Constituição de 1999. Ele propôs a criação de uma Assembléia Constituinte, que tomou posse em agosto, como solução para a grave crise política e econômica do país, mas a oposição, que exige eleições gerais, considera a iniciativa uma manobra para tentar prolongar o mandato do presidente. Os opositores têm maioria no Parlamento.

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