Um estudo publicado na revista científica “The Lancet”, uma das mais conceituadas do mundo, afirmou que certas atividades físicas extenuantes dentro do período do trabalho podem ajudar no desenvolvimento de demência durante o envelhecimento. Os trabalhos que representam maior risco para sua capacidade cognitiva prejudicada a longo prazo são vendedores, auxiliares de enfermagem, cuidadores de pessoas, agricultores e pecuaristas.
Os pesquisadores avaliaram dados de 7 mil pessoas acima dos 70 anos, visando examinar a quantidade atividade física que eles precisam realizar durante o tempo que está trabalhando e como este tipo de esforço passa a impactar na memória, na medida que eles vão envelhecendo.
Com base nos resultados da pesquisa, não existe um risco uniforme de problemas cognitivos em todas as profissões que envolvem demandas físicas. Pessoas que desempenham funções inicialmente físicas, mas que se tornam menos exaustivas ao longo do tempo, ainda apresentam um risco maior de desenvolver demência em comparação com aqueles que ocupam cargos que não envolvem exigências físicas.
Por outro lado, o risco é menor em comparação com pessoas que trabalham em empregos que constantemente demandam esforço físico.
As ocupações que se encontram em um ponto intermediário, sem envolver uma grande exigência física nem serem excessivamente sedentárias, demonstraram um risco menor de desenvolver problemas cognitivos. Portanto, os cientistas sugerem que manter um nível equilibrado de atividade física durante o trabalho pode ser benéfico a longo prazo.
"As maiores demandas físicas ocupacionais na idade adulta avançada já foram associadas ao menor volume do hipocampo e ao pior desempenho da memória. Da mesma forma, os indivíduos que trabalham em empregos fisicamente perigosos ou com altas demandas de trabalho - psicológicas ou físicas - combinadas com baixo controle no trabalho têm sido descobriu-se que o desempenho é pior em testes cognitivos em idades mais avançadas", escreveram os autores.
Tags
