A Embaixada do Brasil na Palestina confirmou, nesta sexta-feira (20), que familiares de um brasileiro que tenta deixar a Faixa de Gaza perderam a vida em um bombardeio na parte norte do território.
Hasan Rabee, membro do grupo alojado em residências no sul de Gaza sob a proteção da embaixada brasileira, relatou que seu primo, a esposa e todos os filhos e netos do casal foram atingidos por um ataque aéreo que destruiu o prédio onde moravam.
Embora as vítimas não possuam cidadania brasileira, a Embaixada do Brasil na Palestina confirmou as mortes. Hasan Rabee, que reside no Brasil e estava visitando sua família em Gaza quando o conflito se intensificou, desabafou sobre a tragédia.
"Teve um bombardeio perto da casa deles, e o prédio inteiro foi destruído. Era um cidadão do bem, trabalhador, não tem nada a ver com isso. Não sei nem quantas crianças têm de morrer para parar essa guerra e os ataques contra civis aqui na Faixa de Gaza", disse à GloboNews.
Os confrontos recentes na Faixa de Gaza, que já haviam forçado o deslocamento de moradores do norte da região, continuam a deixar um alto número de vítimas civis. Até a manhã desta sexta-feira, o total de mortos no território palestino desde o início do conflito era de 4.137 pessoas.
Em meio a esses eventos, o governo israelense havia mandado a população do norte da Faixa de Gaza, incluindo a Cidade de Gaza, a abandonar suas residências e buscar refúgio no sul do território, devido à intensificação dos ataques na área que faz fronteira com o sul de Israel.
Os militares israelenses também se prepararam para uma incursão terrestre na Faixa de Gaza, iniciando pelo norte, com a mobilização de tanques ao longo da fronteira.
No entanto, muitos palestinos, incluindo os parentes do brasileiro, permaneceram em suas casas no norte de Gaza, pois as restrições de fronteira impedem sua saída.
Dezenas de estrangeiros, incluindo 26 brasileiros, buscam deixar a região e aguardam a abertura da fronteira entre o sul de Gaza e o Egito em Khan Younes. Outro grupo de brasileiros encontra-se em Rafah, cidade que abriga postos de controle.
Juntamente com esses brasileiros, outros estrangeiros e palestinos enfrentam a incerteza, aguardando uma solução nas negociações entre Israel e Egito para a reabertura da fronteira.
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