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Forças Armadas divulgam operações na Amazônia

Duas aeronaves com capacidade para 12 litros estão sendo empregadas. Foto: FAB/Divulgação

Mais de 43 mil integrantes das Forças Armadas — Marinha, Exército e Aeronáutica — foram mobilizados para o combate à onda de queimadas que atingem região amazônica. Segundo o Estado-Maior das Forças Armadas, que coordena as operações, as primeiras medidas foram tomadas neste sábado (24). Os militares estão disponíveis para atuar, de acordo com a demanda, coordenados com órgãos de controle ambiental e de segurança pública.

A Força Aérea Brasileira (FAB) está utilizando duas aeronaves C-130 Hércules no combate aos focos de incêndio na Amazônia, partindo de Porto Velho (RO).

O equipamento é composto por cinco tanques de água e dois tubos que se projetam pela porta traseira do avião, podendo carregar até 12 mil litros de água. Para realizar a missão, o avião tem que sobrevoar a área do incêndio a uma altura de 150 pés (aproximadamente 46 metros de altura).

O lançamento, por meio de pressão, dura sete segundos e a própria inércia se encarrega de espalhar o líquido sobre o fogo, por uma linha de 500 metros. Após despejar a água, a aeronave retorna para Porto Velho, ponto de apoio, onde receberá um novo carregamento.

Após publicação do Decreto Nº 9.985 de 23/08/2019, na sexta-feira (23), foi instalado o Centro de Operações Conjuntas no Ministério da Defesa para execução das ações.

O documento autoriza o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem Ambiental (GLOA) e para ações subsidiárias nas regiões de fronteira, terras indígenas, áreas da União, além de outras áreas da Amazônia Legal, caso haja requerimento do governador do respectivo estado.

"Não é possível desenvolver atividades de fiscalização sem o apoio estadual. Com a GLO Ambiental tenho certeza que, com envolvimento do Ministério da Defesa, das Forças Armadas, teremos muita efetividade naquilo que já vínhamos tentando fazer com muita força desde o início do ano", afirmou ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. 

Os estados de Roraima, Rondônia, Tocantins e Pará pediram ajuda do Executivo federal para combater incêndios florestais. Até o sábado (24), Salles ainda aguardava os pedidos do Acre e de Mato Grosso.

Segundo o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, a adesão dos governos locais é importante para que o trabalho de combate a crimes ambientais e a incêndios não se limitem às áreas federais.

"É importante a adesão dos governos senão nós vamos ficar limitados às áreas federais, que são as unidades de conservação e as terras indígenas. Já é alguma coisa, mas não é o suficiente. Tem que ser uma união de todos. Todo mundo ajudando é melhor", disse o ministro. 

Recursos

O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo,  fala à imprensa, após reunião com os integrantes do Centro de Operações
O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, fala à imprensa, após reunião com os integrantes do Centro de Operações. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, também disse que a pasta tem previsto no orçamento R$ 28 milhões para gastos com ações de GLO, mas o valor está contingenciado. No entanto, segundo ele, o descontingenciamento já foi acertado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante uma reunião. "Eu estou numa fase em que eu só acredito quando eu abrir o cofre e ver", afirmou. 

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