Em votação virtual nesta segunda-feira (17), o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ), aprovaram a greve por tempo indeterminado.
De acordo com a nota divulgada no site oficial, 1.176 trabalhadores votaram a favor da greve que está sendo considerada como a mais importante dos últimos 20 anos.
Segundo informações da site do Sintect-RJ, a greve é contra a retirada de direitos e benefícios, pela manutenção dos empregos, preservação dos direitos já conquistados pela categoria e ratificada pela decisão do Tribunal Superior do Trabalho no julgamento em 2019, não sendo por aumento salarial, mas sim pelo cumprimento da sentença normativa do TST.
Procurado, os Correios informaram que dados sobre o efetivo estão em apuração e que novas informações poderão ser prestadas ainda nesta terça-feira (18).
Em nota, esclareceram que não pretendem suprimir os direitos dos empregados e que a empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados.
Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.
"A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período - dez vezes o lucro obtido em 2019. De acordo com a empresa, trata-se de uma proposta impossível de ser atendida. Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos", diz a nota.
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