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Inpe registra 77 milhões de raios no Brasil

A região sudeste é a recordista em número de mortes provocadas por raios no país. Cerca de 43% acontecem durante o verão, e uma em cada três ocorrem ao ar livre. Isso porque a cada cinco mortes por raio no mundo, uma acontece no Brasil, recordista na incidência desse tipo de descarga elétrica.

Desde 2012, são registrados, em média, 77,8 milhões de raios por ano. É o que garante um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O estado recordista em raios é o Tocantins, com 17,1 raios por quilômetro quadrado. Na sequência aparecem Amazonas (15,8), Acre (15,8), Maranhão (13,3), Pará (12,4), Rondônia (11,4), Mato Grosso (11,1), Roraima (7,9), Piauí (7,7) e São Paulo (5,2).

Entre 2000 e 2014 foram registradas 1.792 mortes por descargas elétricas, uma média de 120 vítimas anualmente. O relatório do Inpe mostrou ainda que as atividades rurais, exercidas por pessoas que recolhiam animais ou se ocupavam de plantações com enxadas, pás e facões, representam 25% das mortes por raio no país. As fatalidades dentro de casa estão em segundo lugar e representam 17%, seguidas de situações em que a vítima estava próxima a um veículo (11%), cujas estruturas metálicas elevam a chance de receber descarga, e embaixo de árvores (8%). Apesar do perigo de se estar próximo a veículos em tempestades, o Inpe lembra que se refugiar dentro de um automóvel é seguro, desde que não seja conversível.

De acordo com o Inpe, a chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, cerca de 1/1 milhão. No entanto, se a pessoa estiver numa área descampada embaixo de uma tempestade forte, esta chance pode aumentar em até 1/ mil.

Mortes e os ferimentos provocados por raios não ocorrem em situações em que as pessoas são atingidas diretamente, e sim pelos efeitos indiretos das descargas elétricas. A corrente do raio pode causar queimaduras, parada cardíaca e respiratória. Quem sobrevive pode sofrer sequelas psicológicas e orgânicas por muito tempo.

Cuidados durante tempestades

Evitar sair às ruas, refugiar-se em prédios com para-raios ou em abrigos subterrâneos como metrôs ou túneis, evitar usar telefones com fio ou ligados à tomada, ficar longe de tomadas, janelas metálicas e aparelhos ligados à rede elétrica, evitar topos de morros ou prédios e áreas descampadas como campos de futebol e evitar ficar próximo a árvores isoladas.

Se a pessoa estiver em um local sem abrigo próximo e sentir os pelos arrepiados ou coceiras na pele, pode ser indicativo de que um raio está prestes a cair. Neste caso, deve se ajoelhar e se curvar para frente, colocando as mãos nos joelhos e a cabeça entre as pernas. Jamais deve deitar no chão.

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