Incrível

Menina de 6 anos salva mãe usando 'Alexa' para pedir ajuda

A criança seguiu à risca o que a mulher já havia ensinado

Filha foi ensinada pela mãe a pedir para a assistente de voz ligar para pedir ajuda
Filha foi ensinada pela mãe a pedir para a assistente de voz ligar para pedir ajuda |  Foto: Divulgação/NHS Scotland
 

Uma menina de apenas 6 anos se tornou uma heroína ao salvar a vida de sua mãe usando o famoso assistente de voz Alexa, da Amazon, para pedir ajuda. Emma Anderson, de 27 anos, sofre de cardiomiopatia hipertrófica, uma condição em que os músculos do coração ficam mais espessos do que o normal, afetando o seu funcionamento. Esse incidente ocorreu em Glasgow, na Escócia.

No site do Serviço Nacional de Saúde do país (NHS), Emma compartilhou sua história, revelando que desde pequena ela já dizia para sua filha Darcey que tinha um "coração dolorido" e ensinava o que a criança deveria fazer caso ela passasse mal, e elas estivessem sozinhas em casa.

“Nós dissemos à Darcey que a mamãe tinha um coração dolorido. Então ela sempre soube que eu tinha problemas cardíacos. Eu configurei a Alexa para que, se eu desmaiasse ou não estivesse me sentindo bem, tudo o que ela precisava fazer era dizer: 'Alexa, ligue para a ajuda!', e isso ligaria para minha mãe, que mora na esquina”, disse Emma.

Emma recebeu o diagnóstico dessa condição cardíaca pouco antes de completar 16 anos. O tratamento geralmente envolve o uso de medicamentos, mas em casos mais graves pode ser necessário o implante de dispositivos ou até mesmo um transplante cardíaco.

Inicialmente, Emma só utilizava medicações, mas posteriormente precisou implantar um desfibrilador cardioversor implantável (CDI), um dispositivo colocado no peito, sob a pele, para monitorar o ritmo cardíaco e detectar batimentos irregulares.

No início de 2022, o CDI foi acionado três vezes em um período de dois meses, indicando que seu coração havia parado, e o dispositivo deu um choque elétrico para reiniciá-lo. Nesse momento, sua saúde estava debilitada e ela teve episódios em que passou mal, precisando da ajuda de sua filha.

“Se eu me esforçasse demais, desmaiaria. Às vezes, até mesmo caminhar bastava, então eu tinha que usar uma scooter (pequeno veículo motorizado) para pegar Darcey na escola, que fica a apenas 5 minutos a pé da minha casa”,disse Emma, e continuou: “Ela (Darcey) teve que ligar a Alexa algumas vezes, ela até chamou uma ambulância sozinha, uma vez que eu estava muito mal. Estou tão orgulhosa dela, ela é uma pequena superestrela!”.

Emma acabou sendo internada e foi colocada em uma lista de espera urgente para um transplante cardíaco. A cirurgia foi realizada em abril e, na época, ela teve que permanecer no hospital devido a algumas complicações. No entanto, desde então, ela não enfrentou mais problemas de saúde.

“É muito difícil expressar em palavras o quanto sou grata ao meu doador. É horrível pensar que alguém teve que perder a vida para eu viver, mas isso me deu a chance de me casar, ver minha filha crescer e ser mãe. Eu estava arrasada pensando que não veria Darcey ir para a escola secundária (ensino médio). A chance que essa pessoa e sua família me deram é algo que minha família e eu nunca poderíamos retribuir”, disse a britânica.

Enquanto se recuperava no hospital, Emma criou um vídeo no TikTok, utilizando imagens de diferentes estágios de sua jornada, acompanhado pela música "The Best Is Yet To Come" (O melhor ainda está por vir, em tradução livre) do cantor escocês Tom Walker.

@emmaand01 Went for a routine check up and was immediately admitted, nearly lost my fight a few times but then in May I received a heart transplant, it was a really hard journey to go through, in total I spent just over 4 months away from my family while living in hospital but in July I managed to marry my best friend and partner of 10 years at 26 years old♥️ #organdonationawareness #organdonationsaveslives #thebestisyettocome ♬ original sound - Emma Anderson

Jonathan Dalzell, cardiologista consultor e líder clínico da unidade do NHS onde Emma realizou o transplante, celebrou a melhora da paciente e destacou que sua história é uma inspiração para todos.

“A história de Emma serve como um lembrete para todos nós do poder do transplante, não apenas para salvar vidas, mas para melhorar a qualidade de vida do paciente e de sua família de forma irreconhecível. Emma agora é fisicamente capaz de aproveitar a maternidade ao máximo e sua filha, que salvou sua vida duas vezes da doença que agora foi curada, tem uma mãe mais saudável do que ela jamais conheceu. Histórias como a de Emma fornecem motivação e inspiração fenomenais para toda a nossa equipe”, disse o cardiologista.

< Agora é lei: homens e mulheres devem ter salários iguais Seleção Brasileira feminina de futebol embarca rumo à Austrália <