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Ministro diz que 'remanescentes humanos' foram achados na Amazônia

Material ainda irá passar por perícia

Buscas continuam pelo 11º dia.
Buscas continuam pelo 11º dia. |  Foto: Divulgação
  

O ministro da Justiça Anderson Torres divulgou através das redes sociais nesta quarta-feira (15) que a Polícia Federal (PF) encontrou "remanescentes humanos" nos locais de busca ao indigenista Bruno Pereira e ao jornalista Dom Phillips. Ambos estão desaparecidos desde o domingo (5) após expedição no Vale do Javari, na Amazônia.

Segundo Torres, o material orgânico ainda será submetido à perícia. Os restos humanos foram encontrados no mesmo dia em que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido também como "Pelado", foi levado por equipes de busca com o objetivo de mostrar o local onde os homens desapareceram. Ele está preso desde a última terça-feira (7) e confessou que cometeu o crime. 

Acabo de ser informado pela Polícia Federal que “remanescentes humanos foram encontrados no local, onde estavam sendo feitas as escavações”. Eles serão submetidos à perícia. Ainda hoje [quarta-feira], os responsáveis pelas investigações farão uma entrevista coletiva em Manaus. Anderson Torres, ministro da Justiça
  

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Oseney da Costa Oliveira, irmão de Amarildo, também confessou o crime. Ele foi preso nesta terça-feira (14). 

Até o momento, nove pessoas foram ouvidas. A mulher de Amarildo também prestou depoimento, mas não falou sobre a prisão de seu marido nem sobre os corpos desaparecidos.

De acordo com a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), ambos receberam ameaças nos últimos dias por causa do trabalho realizado contra invasores, garimpeiros e pescadores da região. Em abril, Bruno relatou ao Ministério Público Federal (MPF) que recebeu ameaças de uma organização criminosa que lida com pescas e caças ilegais na Amazônia.

Desaparecimento

O indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram visitar outros membros da Vigilância Indígena próximo ao Lago do Jaburu, local de uma Base da Vigilância da Funai no rio Ituí. A ideia era que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas. Bruno também gostaria de alinhar ideias entre ribeirinhos e indígenas. 

A presença na base aconteceu na última sexta-feira (3). No caminho de volta neste domingo (5), eles pararam na comunidade São Rafael, antes de chegar em Atalaia do Norte, com com o objetivo de conversar com o líder, identificado como "Churrasco", para consolidar trabalhos conjuntos entre ribeirinhos e indígenas. O homem não estava, mas houve um bate-papo com a esposa do líder comunitário.

Após o encontro, ambos deixaram a comunidade. No entanto, a família dos dois não tiveram mais notícias sobre seus paradeiros. O trajeto entre São Rafael e Atalaia do Norte deveria ter durado no máximo duas horas.

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