A modelo e influenciadora Daniela Orcisse, de 35 anos, usou suas redes sociais para denunciar o momento de constrangimento depois de ter sido acusada por funcionários de ter roubado a blusa que estava usando, em uma loja na Zona Leste de São Paulo.
Daniela, que já foi princesa do Carnaval de São Paulo em 2020 e 2022, publicou um vídeo no último domingo (16) no qual escreveu: “Só sei dizer que está doendo muito”.
Através de uma nota, o advogado da loja informou a “TV Globo” que o funcionário foi advertido e afastado. "Estamos tomando as providências legais, de acordo com as leis trabalhistas", disse Francisco Carneiro.
De acordo com o relato da modelo, ela tinha acabado de sair do comércio, quando o funcionário foi até ela, junto com um segurança, questionando se a blusa que ela estava usando não pertencia à loja.
"Ontem (sábado, 15 de julho) fui acusada de roubo e tomei um susto tão grande. Quando fui abordada, nem foi na loja. Fui abordada em cinco lojas na frente. O cara chegou atrás de mim me cutucando e com segurança atrás para me intimidar. E disse assim para mim: 'moça, essa blusa não é da loja?' Aí falei: 'essa blusa é minha'. Abri ela na hora, mostrei que não tinha etiqueta, não tinha nada porque quem não deve não teme", declarou a modelo.
"Passei um constrangimento tão grande, uma vergonha tão grande. É horrível você ser acusado pelo que você não fez", ressaltou Daniela.
De acordo com Daniela, uma advogada passava pelo local no momento da abordagem e se disponibilizou em ajudá-la. "Nisso vinha a Paloma atrás passando. Ela viu a abordagem constrangedora, falou que era advogada e não era assim que fazia. Falou: você tem como provar? Você tem foto? Tem vídeo?".
"Fomos na outra loja. Na outra loja disse que uma cliente falou para a vendedora que eu tinha roubado. Cadê a cliente? Colocaram na minha frente? Não. Detector de alarme funciona na loja? Também não. Não tem como tirar aquela bolinha no dente em cinco minutos", informou a modelo.
"Fui acusada de roubo. Eles não têm prova. Constrangimento horroroso, todo mundo olhando, não desejo para ninguém. Não sou ladrona, não roubei", afirmou Daniela nas redes sociais.
Em entrevista ao “G1”, Daniela relatou que nunca havia passado por uma situação semelhante e que ainda está profundamente abalada.
Após o incidente, ela tomou medidas legais, registrando um boletim de ocorrência na delegacia eletrônica por calúnia e entrando com uma ação judicial. Além disso, conseguiu obter imagens que comprovam que estava carregando sua blusa nas mãos antes mesmo de entrar na loja que a acusou injustamente.
O advogado Francisco Carneiro, representante da loja em questão, também declarou à TV Globo que está em contato com a advogada de Daniela, buscando uma forma adequada de reparar o ocorrido e preservar a melhor relação possível entre as partes envolvidas.
"Todo cliente é importante para a empresa. Ressaltamos que acreditamos na igualdade de todas as pessoas, independentemente de sua raça, etnia, religião, gênero ou orientação sexual. Os fatos estão sendo devidamente apurados e todas as medidas cabíveis serão tomadas. A empresa atua contra qualquer forma de discriminação e estamos comprometidos em cultivar uma cultura de respeito mútuo, em que todos se sintam seguros".
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