As ruas do Caramujo, onde começou a jogar futebol ainda criança, ficaram pequenas para Juliana Conceição dos Santos, de 17 anos, mais conhecida como Juliana Farolho. A adolescente acabou de retornar de Oslo, capital da Noruega, e trouxe a medalha de campeã da Copa do Mundo de Futebol Social.
O evento aconteceu entre os dias 29 de agosto e 5 de setembro, e reuniu jovens meninos e meninas entre 16 e 23 anos de idade, todos moradores de periferias e comunidades consideradas áreas de risco de diversos países.
Juliana foi uma das representantes da seleção brasileira. Ela conta que apesar de todas as dificuldades enfrentadas, tudo deu certo no final. “Passamos por cima de muitas barreiras e o resultado está aqui” diz segurando com orgulho a medalha de ouro conquistada no campeonato.
Depois de três anos consecutivos como campeão da Copa do Mundo de Futebol Social, o time do México perdeu para o Brasil. Juliana ajudou a acabar com o reinado mexicano. “O campeonato todo foi bastante disputado, mas conseguimos nos destacar, fomos campeões invictos”, relata a atleta.
Juliana diz que entre um jogo e outro conseguiu conhecer a região e se impressionou com a forma como os noruegueses cuidam da cidade. “É tudo muito bonito, limpo e bem cuidado”. A jogadora contou também que no geral não gostou da comida norueguesa, extremamente apimentada, mas que se deliciou comendo lagosta pela primeira vez.
Depois do merecido descanso, o próximo passo da atleta é disputar um campeonato em São Paulo no mês de novembro. O sonho de Juliana é jogar ao lado de seus maiores ídolos - as jogadoras da seleção brasileira Cristiane e Marta, e brasileira Formiga, que saiu da seleção e hoje joga pelo clube francês Paris Saint-Germain. “Sei que a jornada é difícil, mas com humildade e dedicação posso chegar lá”, sonha a jovem medalhista.
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