Segurança

Novo golpe alerta para vírus em pagamentos com aproximação

Especialistas dão dicas de como se atentar para o crime

O golpe pode ocorrer até mesmo por aproximação
O golpe pode ocorrer até mesmo por aproximação |  Foto: Pexels
 

Um novo golpe aplicado em estabelecimentos comerciais traz mais uma preocupação aos lojistas e consumidores. Um vírus, chamado de Prilex, se esconde nos computadores e tem sido usado para roubar dados de cartões de crédito dos clientes e efetuar compras 'fantasmas' depois de uma compra em uma máquina infectada. 

O golpe foi descoberto pela empresa de cibersegurança Kaspersky e funciona da seguinte maneira: o cliente tenta efetuar uma compra em um estabelecimento por meio do pagamento por aproximação. Em seguida, a máquina de cartão exibe a seguinte mensagem: "Erro aproximação. Insira o cartão". O cliente, então, é forçado a realizar a compra inserindo seu cartão de crédito físico nas máquinas infectadas, mas especialista afirma que o golpe pode acontecer até mesmo por aproximação. 

Prilex é implantado na máquina de forma direta, por alguém se fazendo passar de agente de instalação de modificação do aparelho
 

A advogada e especialista em cibersegurança, Josiana Vicente, explica que este vírus é antigo, mas retornou desta vez mais forte e avançado. Nesse perfil de crime, são formados por especialistas altamente organizados, meticulosamente à frente das variações de softwares.

Há algum tempo ele fazia uma clonagem em caixas de banco. Ele voltou mais evoluído, e é implantado na máquina e através desse código copiado dos cartões inseridos nessa máquina é criado uma outra conta fantasma que é passada automaticamente esses dados por conta desse software que é instalado Josiana Vicente, especialista em cibersegurança
 

O advogado criminalista Carlos Fernando Maggiolo, diz que embora haja investimento em segurança bancária, os criminosos são audaciosos.

“O sistema bancário brasileiro sempre investiu expressivamente em segurança – estamos entre os países que mais investem em todo o Planeta. Por outro lado, lamentavelmente, o estelionatário brasileiro é muito perspicaz e sua criatividade já ganhou destaque mundialmente falando”, comenta o advogado.

Ainda segundo Josiana, o Prilex é implantado na máquina de forma direta, por alguém se fazendo passar de agente de instalação de modificação do aparelho, por exemplo, e dessa forma os criminosos instalam esse vírus, que é capaz de furtar os dados dos cartões.

Para a especialista, o importante é estar atento ao efetuar a compra, e observar se aparece uma mensagem de erro no momento em que passa o cartão. 

"Um ponto principal é observar que aparece um erro de compra, alguma informação como se a compra tivesse dado alguns erros. Não quer dizer que toda compra que aparecer o erro vai estar acontecendo o crime, mas é pra se atentar. Quando a máquina aparece o erro é de se atentar, é um indício de que essa máquina está com vírus", ressalta.

Josiana alerta que o a clonagem pode acontecer até pelo método de aproximação. "E não necessariamente precisa inserir, quando passa o chip, ainda que seja no sensor, sem ser de forma inserida, os dados já podem estar sendo clonados", disse.

Carlos Maggiolo lembra que os comércios não imaginam que são vítimas de um golpe.

“Os estabelecimentos não são coniventes com os criminosos e nunca sabem que estão sendo vítimas de fraude. Os meliantes são tão audaciosos, que chegam a se fantasiar de técnicos para visitarem os estabelecimentos. Com a desculpa de que vão instalar atualizações no sistema, acabam instalando o malware”, disse. 

Saiba como se proteger

A especialista Josiana reafirma que muitas vezes o proprietário não tem ideia de que foi colocado um vírus que está causando um crime cibernético. É importante o consumidor observar o débito e se o local confere com o nome, tanto para pagamento de débito ou crédito. 

Para consumidor:

- Estejam atentos a retiradas e valores que aparecem no extrato. Notando que a compra não confere, procure a delegacia e faça o boletim de ocorrência para que a polícia tenha ciência de que o crime está acontecendo. 

Proprietários da empresa:

- Estejam cercados de uma boa equipe T.I.;

- Quando receberem ligação ou visita para atualização da máquina, verifique a veracidade da visita ligue diretamente para empresa operadora da máquina. Através de falsos técnicos o vírus é implantado;

- Em máquinas de computadores utilize antivírus e claro softwares autênticos e com atualizações presentes;

- Verifique sempre o sistema. 

Outro golpe

A Federação Brasileira de Bancos alerta para outros golpe em que os criminosos realizam pesquisas no aparelho buscando por senhas eventualmente armazenadas pelos próprios usuários em aplicativos e sites. De acordo com a entidade, muitos usuários anotam suas senhas de acesso ao banco em blocos de notas, e-mails, mensagens de WhatsApp ou em outros locais do celular.

O perigo é que há casos em que as pessoas usam a mesma senha de acesso do banco em outros aplicativos, sites de compras ou serviços na internet, e estes apps, em grande parte dos casos, não contam com sistemas de segurança robustos e a proteção adequada das informações dos usuários.

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