Brasil & Mundo

Outubro Rosa em alta

O movimento mundial Outubro Rosa surgiu na década de 90 para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada para divulgar a importância de compartilhar informações sobre a doença, promover a conscientização, proporcionar maior acesso ao diagnóstico e ao tratamento, além de contribuir para a redução da mortalidade.

No Brasil, são registrados mais de 50 mil novos casos de câncer de mama todos os anos. É o terceiro tipo mais comum da doença, representando 28,1% da incidência de câncer no país.

O nome remete ao laço rosa, que estimula a participação da população, de empresas e entidades. A ação ganhou o mundo em popularidade de maneira elegante e bem feminina. A iluminação cor de rosa assumiu um importante papel, uma espécie de leitura visual, compreendida em qualquer lugar no mundo. Em 2009, pela primeira vez, o Cristo Redentor ficou iluminado de rosa, selando a participação brasileira e mostrando ao mundo a nossa importante adesão à campanha.

Minha história

A professora Sônia Barbiere da Matta, 57 anos, moradora de Maricá, comemora a remissão do câncer de mama descoberto em 2015. “Senti um caroço no seio e havia acabado de fazer uma mamografia durante o preventivo. Minha médica pediu um ultrassom e o resultado foi um nódulo benigno, então, não me preocupei mais”. O pequeno caroço continuou crescendo e apareceram dores pelo braço, que foram aumentando a cada semana. Outros dois exames foram feitos e nada maligno apareceu. “Desconfiei dos resultados porque escutei outras pessoas falando sobre erros de diagnóstico no laboratório onde fui. Refiz o ultrassom em outra clínica e dessa vez o resultado apontou um carcinoma Grau 3. Minha médica ficou perplexa, porque confiava nos profissionais de lá.”

Sônia teve que escolher na hora entre a cirurgia e a quimioterapia. A segunda opção foi escolhida porque o caroço já estava do tamanho de um pequeno limão e precisa ser reduzido imediatamente. “Fiz quatro sessões da quimioterapia vermelha (mais agressiva) e 16 sessões da branca (mais leve) antes da cirurgia de retirada da mama. quando meu cabelo começou a cair, ganhei vários lenços de amigos e parentes. Minha família foi fundamental nesse processo."

O suporte psicológico é parte importantíssima no tratamento, já que muitos pacientes assumem o câncer como uma sentença de morte. “Eu só pedia a Deus que tivesse forças para suportar os enjoos durante as sessões de quimio. A minha luz foi a minha neta, eu precisava vê-la crescer e não podia desistir”, revela a professora.

Sônia fez a mastectomia total e colocou um implante de silicone. Em seguida, encarou mais 25 sessões de radioterapia e concluiu o tratamento com sucesso. Nessa jornada de quase dois anos, duas de suas amigas que também tinham câncer morreram. “Cada câncer é um câncer, cada pessoa é única. Além do tratamento, eu abri minha mente para todas as formas de ajuda. Procurei uma nutricionista para aumentar minha imunidade. Mesmo sem fome, me obrigava a comer. Tomei babosa, graviola, uma frutinha exótica chamada noni, água benta...enfim, tudo o que me ensinavam, eu topava. Eu queria vencer e consegui.”

O câncer de mama, detectado na fase inicial, aumenta as chances de tratamento e cura. Todas as mulheres, de todas as idades, devem tocar o corpo para saber o que é e o que não é normal nas mamas. A maioria dos casos são descobertos pelas próprias mulheres através do auto exame. A partir dos 35 anos, a mamografia é capaz de identificar alterações suspeitas.O SUS oferece exame de mamografia para todas as idades, quando há indicação médica.Todas as informações sobre o câncer de mama estão no site http://www.inca.gov.br/outubro-rosa/deteccao-precoce.asp

< Vacinação Antirrábica no próximo fim de semana Imprensa x Clubes: quem é o certo nessa história? <