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SmartFit valoriza mais de 34% em seu primeiro dia na Bolsa de Valores

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Mesmo com uma abertura com a ação disparando, os demonstrativos financeiros não são tão atrativos a curto prazo. Foto: Divulgação

A SmartFit (SMFT3) estreou na Bolsa de Valores nesta quarta-feira (14) com ações disparando mais de 34%. A empresa se torna a primeira rede fitness na bolsa brasileira. Com ações precificadas em R$23,00, a ação teve forte alta no pregão tendo negócios a R$29,45 com alta de 28% às 11h e fechando com valorização de 34%.

A oferta foi coordenada pelo Itaú BBA, BTG Pactual, Morgan Stanley, Banco ABC e Santander. A execução da estratégia de expansão orgânica e inorgânica busca aumentar exponencialmente o número de unidades e aquisições, com um ecossistema sustentável e saudável dentro e fora da academia. A captação de R$ 2,3 bilhões busca viabilizar esse crescimento com parte em caixa e 70% para abertura de unidades.

Hoje, a empresa já está presente em 13 países, como México, Chile, Colômbia e Peru com quase mil academias, sendo 538 no Brasil e 2,8 milhões de alunos.

O modelo de negócios focado no custo-benefício para os clientes e abertura de novas unidades tornou a SmartFit líder no segmento de academias na América Latina. As academias que tem os maiores índices de crescimento no mundo são as que seguem o modelo High Value Low Price, adotada pela rede. Equipamentos de qualidade e serviço, com programas de fidelidade e opções para diversas unidades a um custo baixo com um alto valor agregado tornam o modelo eficiente, se bem gerenciado.

A barreira de entrada desse mercado é forte por conta do CAPEX, o investimento inicial para a abertura de uma academia é muito alto. É necessário a aquisição de bons equipamentos, estrutura adequada e localização estratégica. Os profissionais qualificados também são escassos e fazem parte do investimento, o serviço é parte fundamental do negócio.

Mesmo com uma abertura com a ação disparando, os demonstrativos financeiros não são tão atrativos a curto prazo. O EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado e lucro líquido tiveram uma forte queda de 2019 para 2020 enquanto o endividamento cresceu muito no mesmo período, porém a empresa se tornou forte internacionalmente. A expectativa de longo prazo é que a companhia se valorize caso siga suas estratégias com eficiência. O número de clientes aumentando por meio de novas áreas geográficas, aceleração da vacinação e a normalização das atividades resultará em uma redução nos custos e um aumento relevante de suas receitas.

Gabriel Magalhães é formado em Administração pelo IBMEC, especializações em Negócios no Brasil e no Exterior, e masters em Engenharia Econômica Financeira pela UFF. Ele fala sobre as tendências do mercado financeiro e os altos e baixos da economia.

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