Emendas de relator

STF forma maioria e decide que orçamento secreto é inconstitucional

Ministros decidiram que peça não tinha transparência

Ministra Rosa Weber votou contra a medida
Ministra Rosa Weber votou contra a medida |  Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
 

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na manhã desta segunda (19) e decidiu que o chamado orçamento secreto é inconstitucional. O mecanismo foi criado para que os parlamentares possam votar propostas a favor do governo federal. O placar está 6 a 4. O voto é do ministro Gilmar Mendes. 

Até então, as chamadas emendas são repassadas aos estados sem critérios claros ou transparência. A ministra Rosa Weber levou ao plenário do Supremo que suspendeu temporariamente os repasses e determinou que o Congresso criasse um sistema para dar mais transparência aos gastos. 

Até o momento, votaram para invalidar o orçamento secreto os ministros Rosa Weber (relatora), Edson Fachin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Luis Roberto Barroso. 

Já André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes optaram para que a proposta possa ganhar medidas de aprimoramento. 

O primeiro que iniciou a votação desta segunda (19) foi o ministro Ricardo Lewandowski. Ele ratificou a relatora Rosa Weber que consolidou a maioria no sentido de que a falta de transparência do orçamento secreto viola os princípios constitucionais. 

Segundo o ministro, apesar dos esforços, o Congresso não conseguiu se adequar às exigências, aos parâmetros constitucionais de transparência. 

 Lewandowski disse ainda sobre o projeto de resolução do tema aprovado pelo Congresso no fim da semana passada.

"A medida apresentou avanços significativos para mitigar a enorme discricionariedade que o relator tem na distribuição dos recursos orçamentários, mas, apesar dos progressos, ainda não resolve as incompatibilidades com a Constituição", disse durante o voto. 

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