Saúde

Tuberculose volta a assustar: Brasil registra 78 mil novos casos

Levantamento mostra aumento de 5%

Tuberculose é a segunda doença infecciosa que mais mata
Tuberculose é a segunda doença infecciosa que mais mata |  Foto: Agência Brasil
 

O Brasil registrou um aumento de 4,9% no número de casos de tuberculose em 2022 em relação ao ano anterior, totalizando 78 mil novos casos da doença. Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima foram os estados com os maiores coeficientes de incidência.

Em 2021, o país teve recorde de mortes pela doença, com cinco mil no total, e a tuberculose agora é a segunda doença infecciosa que mais mata, atrás apenas da covid-19. Homens de 20 a 64 anos apresentam três vezes mais risco de contrair a doença do que mulheres na mesma faixa etária. 

Crianças de até quatro anos respondem por 37% das notificações de casos em menores de 15 anos.
 

A tuberculose atinge principalmente populações mais vulneráveis, como pessoas em situação de rua, comunidades indígenas, refugiados, pessoas vivendo com HIV e Aids e pessoas privadas de liberdade. 48% das famílias afetadas pela doença no Brasil têm gastos com a doença que comprometem acima de 20% da renda.

A meta de eliminar a tuberculose até 2030 exige a união de esforços de diferentes setores e órgãos do governo. A tuberculose é uma doença que está intimamente relacionada aos determinantes sociais e tem sido afetada negativamente pela piora dos indicadores sociais nos últimos anos.

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou novas diretrizes de vigilância, promoção, proteção, diagnóstico e tratamento da tuberculose no Sistema Único de Saúde (SUS). As propostas incluem a garantia de investimento público para estratégias do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose e o estabelecimento de um comitê interministerial com participação da sociedade civil. 

A resolução prevê que seja estabelecido um indicador de pagamento por desempenho relacionado ao controle da tuberculose na atenção primária. As diretrizes propõem ainda reestruturar e ampliar a rede laboratorial, reestabelecer as coberturas vacinais e fortalecer ações de rastreamento de infecção latente, além de ampliar o tratamento preventivo à doença. 

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