Economia

Black Friday: expectativa em alta entre lojistas de Niterói

Aumento de vendas deve ser de 10%, segundo a CDL

As promoções passam por vários setores do comércio
As promoções passam por vários setores do comércio |  Foto: Divulgação

A Black Friday é um tradicional evento anual de promoções que ocorre nesta última sexta-feira (24) de novembro. Nesse dia, lojas físicas e online oferecem descontos significativos em diversos produtos.

Tanto lojistas quanto consumidores têm altas expectativas para essa data em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. As promoções passam por vários setores do comércio como alimentos, eletrônicos e vestuários e ajuda a movimentar o estoque do lojista.

Leia+: Black Friday: veja os cuidados que é preciso ter nas compras

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói (CDL Niterói), Luiz Vieira, essa data é uma das mais importantes do mercado varejista.

Ele destaca que, além de apresentar mais vendas do que todo o ano - por também anteceder as compras natalinas - o evento vem ampliando as oportunidades.

"A Black Friday é um evento que vem, ano a ano, em uma crescente. Até porque começou como um único dia e agora ampliou para ‘black week’. Inclusive, as promoções estão continuadas durante o mês inteiro. É claro que o período de maiores vendas é na última semana de novembro. Aliás, para este ano existe uma expectativa de aumento de vendas de 10% em relação ao ano passado”, comentou Luiz Vieira.

É o caso de Juliano Gentile, sócio proprietário de uma loja de colchões em Icaraí, na Zona Sul da cidade. Ele conta que está certo de superar as vendas do Black Friday, em relação ao ano passado.

"A Black Friday vem sendo mais inserida em nossa cultura e com isso as vendas tendem a aumentar. É uma expectativa muito boa para o comércio que enfrentou algumas oscilações esse ano, mas esperamos que as vendas aumentem pelo menos 5%. O cliente pode contar com a gente que estamos com uma expectativa extremamente positiva", comentou o dono da Juliano Colchões Conforto & Design.

O empresário Rogério Rosetti acredita que aliado ao fator 'preços mais baixos', o comércio começou a reagir só agora, em 2023, depois da pandemia de Covid-19.

Segundo ele, que é dono de sete lojas de materiais de construção em Niterói, a movimentação já começou deixando a marca de um faturamento maior em 20%, nos últimos dias.

“As pessoas aproveitaram a campanha com as proximidades do 13º salário e estão vindo comprar. Mais que isso, acredito que o que elas querem, vai além de produtos e serviços, mas algo que lhes proporcione qualidade de vida melhor, bem estar e satisfação pessoal”, explicou.

O presidente da CDL Niterói, Luiz Vieira, ressalta ainda que o comércio está preparado para atender todas as demandas.

Dicas

1- O consumidor deve ter em mente os produtos que deseja adquirir na Black Friday e acompanhar seu preço antes do evento, para que confirme se a promoção indicada é real ou, até mesmo, utilizar ferramentas disponíveis em sites de comparação.

2- Evite comprar por impulso, analise se o valor do produto (mesmo parcelado) se adapta ao seu orçamento mensal.

3- Atenção para o prazo de entrega. Embora o Código de Defesa do Consumidor não determine um prazo máximo para a entrega de mercadorias, a lei estabelece o direito à informação. A loja virtual é obrigada a informar a previsão de entrega do produto. Se não for cumprido, o consumidor pode escolher: exigir a entrega imediata do produto; aceitar outro produto equivalente; ou cancelar o pedido e receber o dinheiro de volta, incluindo o valor do frete.

4- O consumidor poderá desistir da compra feita fora do estabelecimento comercial no prazo de sete dias a partir da data da compra ou da data do recebimento do produto. Trata-se do Direito de arrependimento garantido pelo Código de Defesa do Consumidor e, nestes casos, o consumidor poderá desistir da compra por qualquer motivo e terá direito a devolução de todos os valores pagos, inclusive o frete.

5- O estabelecimento comercial poderá estabelecer valores diferentes para as diversas formas de pagamento, porém, não poderá estabelecer valor mínimo para pagamento dependendo do meio de pagamento. Ou seja, não poderá haver pagamento mínimo para pagamento em cartão, por exemplo.

6- A empresa deverá emitir nota fiscal sempre que for realizada a venda de produtos ou contratação de serviços. O não fornecimento de nota fiscal é crime contra a ordem tributária, uma prática de sonegação fiscal. Se o vendedor se recusar a emitir e entregar a nota fiscal, o consumidor poderá relatar no canal de denúncia oficial da SEFAZ-RJ.

7- Não existe limite para o valor do frete. Algumas das principais variáveis que influenciam o valor de frete são o peso e o preço da carga transportada, a distância entre o lojista e o consumidor, o trajeto percorrido, o volume da remessa, o tipo de produto transportado (se requer algum cuidado especial no transporte), o pedágio das rodovias, os tributos, entre outros fatores. As empresas devem informar o valor do frete previamente à compra, o CDC garante ao consumidor o direito à informação adequada e clara.

8- O consumidor que encontrar valores distintos para o mesmo produto, num determinado estabelecimento, tem o direito de pagar o menor preço (art. 5º da Lei nº 10.962/2004). Os produtos devem ter os preços indicados nas embalagens ou próximos a eles para não acontecer de o consumidor confundir os preços, ou ser induzido a erro.

9- Segundo o CDC, o fornecedor não tem obrigação de trocar o produto se não apresentar vício ou defeito. Por isso é importante conhecer as políticas de troca do estabelecimento. Algumas lojas físicas não permitem a troca de produtos em perfeitas condições

Caso o produto apresente algum problema, entre em contato com o fornecedor, que deve realizar o reparo em até 30 dias. Se o produto for essencial, esse prazo não se aplica, o consumidor pode optar imediatamente pela troca do produto por um novo, o abatimento proporcional do preço, ou a devolução do valor pago, corrigido monetariamente.

Principais cuidados antes de fazer a compra na internet

1- Pesquisar os produtos, os sites e a reputação das empresas, comprando em lojas com boas avaliações.

Verificar se o site é confiável e seguro, se disponibiliza informações sobre a empresa (endereço, razão social, CNPJ, número de telefone para contato);

2- Avaliar as características do produto, seu preço, as formas de pagamento, o valor do frete, o prazo de entrega;

3- Informar-se sobre a política de troca de produtos e de privacidade da empresa;

4- Não realizar compras a partir de ofertas encaminhadas por e-mails e mensagens não solicitadas (SPAM), há grande chance de ser tentativa de golpe.

Para saber se o site é confiável, o consumidor poderá verificar:

- O nome do domínio (normalmente, os endereços de páginas que copiam outras oficiais costumam ter algumas diferenças notáveis na escrita, como a troca de letras),

- O tempo de existência do site ou empresa (ter atenção com sites muito novos, lançados em períodos de compras),

- A reputação do site em portais de reclamação, como o consumidor.gov.br, reclame aqui e a lista de sites não confiáveis disponível no site oficial do Procon-RJ;

- O cadeado HTTPS na barra de endereços. O protocolo HTTPS é uma camada extra de segurança obrigatória para sites que utilizam recursos como Login, recebem pagamentos ou trabalham com informações sigilosas.

< Pedro Sampaio protagoniza cenas quentes com Deborah Secco Homem é preso por espancar cachorro na Zona Oeste <